A cidadania é a
responsabilidade perante nós mesmos e perante os outros. Uma responsabilidade
que se adquire pela consciência de deveres e direitos que nos impulsiona à solidariedade
e à participação. A cidadania é o sentido de comunidade e de partilha. É
insatisfação perante a injustiça passada pelo nosso semelhante. É a vontade de
aperfeiçoar, de servir, de realizar. É espirito e capacidade de inovação de
audácias de riscos. É o bom pensamento transformado em ação e a ação assente na
reflexão.
Para atingirmos este nível
em uma comunidade qualquer, invoca-se a intervenção da educação, aquela da
escola, pois é lá onde tudo começa. A escola deve tornar os seres humanos mais
livres e mais cultos, mais abertos a críticas, mais altruístas a causas
nacionais e mais aptos a imaginarem o futuro. Ela, definitivamente, deve
procurar formar um homem de visão.
É na escola onde ganhamos
o sentido de que somos cidadãos pertencentes a uma comunidade democrática,
viva, em transformação, herdeira de uma história, de uma cultura e de uma
língua. A educação ensina-nos a situarmo-nos no mundo, assumindo-nos como
cidadãos do universo, preocupados com o que se passa a nossa volta e
mobilizados para as grandes questões da atualidade nomeadamente:
1. A
defesa do planeta e do meio ambiente
2. Os
direitos humanos
3. A
igualdade entre as mulheres e os homens
4. O
respeito pela diversidade cultural, religiosa, orientação sexual, etc
5. O
combate contra a exclusão
6. O
racismo
7. A
xenofobia
Reafirmo!
É na educação onde tudo começa e tudo se prepara. É na edução que se ganha
consciência de que a própria educação é um processo inacabado. É com a educação
que aprendemos a estar atentos, ao que muda, aptos a interpretar os sinais de transformação e sermos capazes de inovar o que já existe. Como vemos, esta
educação, transmitida em sala de aulas, deve deixar de ser quadrada, deve, isto
sim, começar a preocupar-se em produzir um aluno-cidadão e não um individuo
passivo.