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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

HUMANO! ONDE ESTÁ O HUMANISMO?

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É tamanha dor que perpassa o meu corpo e o meu espirito. É tamanha tristeza perante a burra inteligência do ser humano. É tamanha desilusão comigo e connosco – raça de sábios, que de sábios tem nada.

Somos bandos de carcaças vazias que apregoamos, de boca cheia, os valores da igualdade, da justiça social, paz, bondade, etc. quando na verdade, a nossa luta é egoísta. A regra é: “Salve-se quem puder”. A pergunta é: “e os que não podem?”.

Nós próprios criamos mecanismos que, de forma permanente, fecham portas dos sonhos daqueles que tem o sonho como seu melhor aliado. Nós próprios delimitamos que para certas categorias requerem-se certos títulos. Então como me dizes daqueles valores?

Envidamos esforços e lutas incontáveis tentando alcançar essas utopias. Alguns fazem dessas lutas como mais uma fonte de seu sustento e enriquecimento. Se fossemos, todos nós, compatíveis com aquilo que escrevemos e exteriorizamos em público, essas lutas fariam mais sentido e alcançariam resultados animadores.

Tenho cruzado com a melancolia que afecta os sem voz, os sem teto, os sem roupa, os casados fielmente com a miséria. É uma melancolia que entre nós ainda não conhece portas para respirar novos ares. É uma melancolia que roí os corações de poucos que merecem títulos de humanos.


Eu sei que vais dizer que é problema deles. Aprenda a encarar o problema deles como teu. Este é o primeiro passo para resgatar a humanismo que cada vez mais escasseia-se nestas criaturas chamadas humanas

sábado, 26 de março de 2016

"Anualmente reprova um estudante por plágio na disciplina de Metodologia de Investigação Cientifica"


O plágio em trabalhos de culminação de curso – uma prática pouco ética – em universidades moçambicanas tem sido um denominador quase que comum. Os estudantes na sua maioria forma-se, porém tornam-se fobicos em relação a escrita de suas monografias, o que podia ser amigo dos académicos torna-se grande inimigo. O que devia durar pouco tempo, leva mais tempo do necessitado. Tal como podemos ver, recentemente, foi publicado um estudo por Peter Coughlin que dava conta que cerca de 75% de teses nas principais universidades moçambicanas têm plágio.

Mário Fonseca, docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane

Nesta esteira conversamos com docente universitário e investigador Mário Fonseca e de lá ficamos adentro de algumas nuances que demarcam esta problemática de cabelos brancos. Nas próximas entrelinhas, Fonseca compartilha connosco a sua experiencia como docente da disciplina Metodologia de Investigação Cientifica – MIC bem como as técnicas por ele usadas de modo a controlar o nível de plágio em trabalhos realizados na sua cadeira.

Que temáticas são lecionadas semestralmente na cadeira de metodologia de investigação científica?

A primeira tem a ver com as bases de investigação em ciências sociais. Como a investigação começou a fim de compreendermos os paradigmas deste campo de estudo.

Depois evolui-se para a pesquisa em si, pensada de forma teórica, isto é, o que um pesquisador deve ter em conta para fazer a investigação. Quais são as etapas que nós precisamos cumprir para que nos considerarmos que estamos a fazer um trabalho de investigação? Como é que podemos identificar um problema científico? Estas discussões ajudam-nos a compreender o que é um problema científico e outro que não seja desta natureza até chegarmos a fase em que o estudante sabe formular hipóteses, situar o seu discurso dentro de um paradigma de pesquisa, esteja enfim habilitado a ir para o campo.

Embora não tenhamos tido tempo para que o estudante vá ao campo, temos feito um esforço para que está etapa seja praticada. O estudante recolhe informações e produz um relatório contendo a interpretação dos resultados e a sua respetiva conclusão.
De forma resumida podemos dizer que temos três etapas nomeadamente: A primeira é ensinar os estudantes como é que surgem os métodos. A segunda é aquela em que nós ensinamos a parte teórica: o que é um trabalho científico? A terceira e última é a Recolha de dados para a sua posterior interpretação em um relatório de pesquisa.

As temáticas ajudam ao estudante a compreender a importância de uma pesquisa científica?

Essa pergunta seria mais complicada se perguntasses em que medida, mas dito desta maneira, naturalmente que ajuda nem que seja em 20%.

Na avaliação dos trabalhos que recomenda aos estudantes, usa alguma técnica de deteção de plágio?

É preciso reconhecer que não é fácil controlar o plágio. Dependendo do nível em que o estudante plagia. Porque existe uma espécie de “plágio” em que provavelmente o estudante por falta de atenção deixa de referenciar, mas não sendo este um comportamento intencional. Porém atenção que este tipo de plágio, não pode ser detetado, no mesmo trabalho, mais de duas vezes.

Em segundo lugar, existe um plágio mais fácil de identificar, aquele que consiste em copiar um trabalho inteiro e ir mudando alguns aspetos aqui e acolá. Não obstante seja a coisa que menos desejo dos meus estudantes, anualmente, sem falha, reprova um estudante por plágio. E os casos que eu encontrei são os de grandes quantidades de páginas plagiadas. O estudante pega, por exemplo, a seguinte frase: “educação politécnica e a escola de trabalho em Moçambique” e troca o Moçambique por Gaza.

Agora com o advento da internet ficou um pouco mais fácil identificar plágios. Há pogramas específicos que ajudam para tal. E o que eu uso é o motor de busca Google, isto é, o trabalho de que suspeito ter algum tipo de plágio, copio os trechos e coloco-os no Google para ver a correspondência ou semelhança. Caso encontre uma correspondência igual ou acima de 50 % no sentido e na forma, este é um trabalho que nem vale a pena considerar.

Qual é a Critica que faz a iniciação científica na Escola de Comunicação e Artes?

O tempo nunca é suficiente para fazermos nada. O tempo não é suficiente para ensinar um estudante a investigar, mas o principio é que nem todos os estudante se mostraram apaixonados com o ramo de pesquisa em sim. Se os desenhadores do currículo pusessem a enfase na iniciação cientifica. Isso iria lesar os outros que estão ali mas somente querem ser apresentadores de televisão de noticiário, então é preciso colocar uma dose em tudo.

O tempo não é suficiente, mas é o tempo que temos que saber trabalhar dentro das limitações. Agora, se nós estamos num bom caminho, eu acho que nós estamos a aprender. Na minha curta experiencia na lecionação desta cadeira – Métodos de Investigação Cientifica – primeiro comecei com os trabalhos escritos apenas e depois há o problema que não conseguimos controlar em que medida é o trabalho pertence ao estudante, então introduzi a apresentação e defesa do trabalho escrito. Porquê?

Porque apercebi-me que no fim do curso. Quando os estudantes vão defender a monografia eles enfrentam mais dificuldades de apresentação e defesa. E as dificuldades, muitas vezes não porque o estudante não tem conhecimento, isto sim, porque ele nunca falou em público. Nesta lógica realizamos uma oficina de comunicação com este intuito e um pouco mais para conhecer quem são aqueles que têm inclinação para a área de pesquisa e os opostos.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ISSO AJUDA A EXPLICAR?


Dizem que em relações internacionais não há relações de amizade, isto sim, relações de interesse. Vejam o galardão dos Estados Unidos em apoios ao Desenvolvimento de Moçambique. Como sair dessa? Como disse Ladslau, A hipertrofia terciária é mesmo um mal para os países subdesenvolvidos

sábado, 18 de abril de 2015

PAISES POBRES PRODUZEM RICOS - DISSE Mia Couto


Acompanhei com algum desagrado a noticia publicada na penúltima edição do jornal Savana, que a Directora geral do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres - INATTER, Ana Dimande[1], leva para casa cerca de meio milhão mensalmente, e isto lembrou-me o pensamento de Mia Couto: “A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos”. Ele tinha e continua tendo razão intemporal neste seu pensamento simples, mas, com uma semântica muito profunda.

Perfazem treze funcionários com títulos salariais graúdos. Fazendo, por isso, a utilização indevida das antigas percentagens de abonos sobre o salário base, o salário bruto mais baixo de entre os 13 funcionários da Direcção Geral do INATTER é de 180.467,28 Meticais. No total, os sortudos auferem mensalmente um salário acima de 3 milhões de Meticais.

Só o orçamento para pagar estes 13 funcionários caberia para pagar ordenado de mais de 670 trabalhadores que usufruem o salário mínimo na fasquia de 3.500 meticais. Este fenómeno parece mostrar-nos que há falta de vontade dos visados em adoptar medidas de austeridade rígidas. Vale lembrar que a economia de Moçambique não é feita pelos dirigentes que estão no topo. Ela é desenvolvida, de forma activa, pelos que estão na base: professores, enfermeiros, camponeses, entre outros, que, regra geral, recebem mal. Como torná-los motivados?

A política salarial é um instrumento que serve para motivar o proletariado, porém, quando ela é voltada para as classes altas, com valores tão altos como estes, cria descontentamento. Moçambique produz para os moçambicanos e não para alguns. Quanto custa 25 quilos de arroz? 20 Litro de óleo? 10 Quilos de batata? 20 Quilos de farinha? Leite? Transporte? Etc. O salário mínimo deve ser ajustado em função das necessidades realísticas, básicas e universais, dos seres humanos. Então, por exemplo, com 3500, conseguimos cobrir isso?

       É preciso deixar de dar “muito” dinheiro aos “chefes”. Sabemos todos que, embora receba um valor alto, goza também de inúmeras regalias desde combustível, alimentação, habitação, assistência médica medicamentosa, etc. Assim perguntamos: porquê tanto dinheiro se as suas necessidades básicas e universais estão encobertas pelas regalias? Não estou com isso a dizer que não recebam, porém que se adopte, urgentemente, medidas de austeridade rígidas. Porque casos parecidos, podem estar a acontecer em outros sectores ditos “gestores de receitas”.



[1] O mesmo Jornal publicou esta semana que a directora Ana Dimande foi afastada do INATTER em substituição da então directora provincial dos Transportes e Comunicações de Nampula, Ana Paula

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

ONDE ESTÁ A CAPULANA?

A cultura não se obtém com um labor obtuso e intensivo e é antes o produto da liberdade e da ociosidade exterior. Não se adquire, respira-se. O que trabalha para ela são os elementos ocultos.

Sou um objecto, que desde o tempo primórdio, nasci em todas as comunidades, servindo de património de todos e todas que comigo encantam-se. Venho de muito longe, mas não de um lugar sem nome, pois, é da terra que nasço, partindo de uma pequena semente lançada na terra pelo árduo trabalho do homem, passa-se o tempo, fazem-se processos, e eu, já estou pronta. Pronta para ser usada cuidadosamente, lavada e passada a ferro para que as desconhecidas gerações conheçam quem eu sou e me valorizem com a mais infinita estimação.

Há algum tempo atrás, eu era das mulheres do campo e da cidade em toda a sua extensão, mas agora, as que mais me privilegiam são as mulheres do campo, e na cidade, só são as de origens mais antigas que de mim querem saber. A pena habita dentro de mim, as gerações modernas estão consumadas pela cultura estrangeira, esquecendo a sua verdadeira identidade que ilustra a africanidade, nas suas bocas o meu nome não passa, e se passa, é como um vento trazendo ideias transgressoras. E é daí que tão grande que sou, me torno numa Bulizinha, numa Sainha, estando tudo no grau diminutivo.
Não nego que seja envolvida pelas culturas estrangeiras, acredito que a minha valorização e promoção vem disto, vejo-me em grandes eventos, digo do desfile de moda, bordando o corpo dos africanos e não só nos locais longínquos da minha origem, fazendo com que esta gente me conheça, fazendo também que eu não seja apenas para alguns, mas para todos.

A infelicidade toma conta de mim, quando as pessoas fazem-me numa peça sem valor. Há gentes que queiram conviver comigo, prometem por si mesmas que se me alcançarem farão de tudo para o meu bem-estar, mas não tem como, tudo porque as possibilidades não são suficientes para o meu arrecadamento, e outras com possibilidades não vêm o quanto sou importante. Logo depois são os desprezos, mãos tratos entre outros que dia a pós dia, vou passando.

Vejam, do jeito que estou a ser inovada, agora posso ser e estar grudado no pulso em formato de pulseiras e também posso ajudar-te a carregar os teus matérias de escola em formato de pasta, posso refrescar-te em tempos de calor em formato de Pantalonas, Saias, posso proteger os seios das mulheres em formato de sutiãs, e ainda posso muito mais.


Tu aí! Queres que eu exista e continue a torna-vos lindos? Então clamo do vosso apoio, digam a todos da importância que tenho, digam ainda que mereço um tratamento especial, que eu sou a identidade cultural deles. Aos que querem continuar a desvalorizar-me, digo-lhes que ainda resta uma porção visível de tanta felicidade em mim, porque em cada país do continente que me viu nascer e crescer, existem datas em que as mulheres, até os homens me emancipam com tanta elevação, falo de datas, como se fosse só em estas datas que sou valorizada pelo meu povo. Muito pelo contrário, nos mais simples dias, me torno companheiro de todos nos seus locais de trabalho, compartilhando sentimentos e emoções de todos e isto vai contagiando as novas gerações. A todos que lutam pelo meu bem endereço-lhes um grande aceno de apreço, pois são com estes feitos que continuarei viva para sempre no seio do mundo em geral, e em particular, no seio da comunidade africana.

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