É tamanha dor que perpassa
o meu corpo e o meu espirito. É tamanha tristeza perante a burra inteligência do
ser humano. É tamanha desilusão comigo e connosco – raça de sábios, que de sábios
tem nada.
Somos bandos de carcaças vazias
que apregoamos, de boca cheia, os valores da igualdade, da justiça social, paz,
bondade, etc. quando na verdade, a nossa luta é egoísta. A regra é: “Salve-se
quem puder”. A pergunta é: “e os que não podem?”.
Nós próprios criamos
mecanismos que, de forma permanente, fecham portas dos sonhos daqueles que tem
o sonho como seu melhor aliado. Nós próprios delimitamos que para certas
categorias requerem-se certos títulos. Então como me dizes daqueles valores?
Envidamos esforços e lutas
incontáveis tentando alcançar essas utopias. Alguns fazem dessas lutas como
mais uma fonte de seu sustento e enriquecimento. Se fossemos, todos nós, compatíveis
com aquilo que escrevemos e exteriorizamos em público, essas lutas fariam mais
sentido e alcançariam resultados animadores.
Tenho cruzado com a melancolia
que afecta os sem voz, os sem teto, os sem roupa, os casados fielmente com a miséria.
É uma melancolia que entre nós ainda não conhece portas para respirar novos
ares. É uma melancolia que roí os corações de poucos que merecem títulos de
humanos.
Eu sei que vais dizer que é
problema deles. Aprenda a encarar o problema deles como teu. Este é o primeiro
passo para resgatar a humanismo que cada vez mais escasseia-se nestas criaturas
chamadas humanas
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