É verdade que há verdades
que não deveríamos saber. Há umas verdades que nos deixam felizes e outras
tristes. Estou a falar daquelas que nos deixam desapontados e nos desligam da “coisa”
antes venerada. Para os que estão dispostos a conhecer este tipo de verdade terão
que pagar com seu sangue. Quem não quer parecer ser? Quem é você para estragar
a festa?
É possível vermos esta tendência
de esconder, a todo custo, uma verdade num livro sagrado: A Bíblia. Adão e Eva
do Jardim do éden tinham liberdade de comer “n” coisas, mas estavam interditos,
por Deus, de comer a “fruta da árvore do conhecimento” até que uma serpente
seduziu a Eva a provar da fruta também partilhada com Adão. Daqui segue-se uma
revolução na mente destes seres, autodescobrem-se e há um inconformismo. A isso
Deus chama de desobediência. Ela teve um preço: A Mulher teria que sangrar por resto da sua vida e o Homem teria que
trabalhar arduamente.
Muitos Homens hoje são
como Adão e Eva antes de conhecerem a serpente. São obedientes, conformados e
não tem conhecimento. Este último é-lhes dado mecanicamente para que sejam
meras caixas-de-ressonância. Por isso, estes Homens fazem nada perante actos de
injustiça, racismo, corrupção, clientelismo etc. De facto, é preciso ser desobediente
sempre que há uma anomalia social. Como posso ser?
Neste momento faltam-nos as
“serpentes”. Das poucas que temos, muitas já não são venenosas. Faltam-nos indivíduos
que nos ofereçam a maçã da libertação. Que nos abram a mente e ajudem-nos a
pensar fora da caixa. Que nos tirem desta caverna onde pensamos ser o melhor
mundo. Que nos mostrem com evidências que, afinal, há alternativas melhores e
que podemos exigir. Quer (ser)pente da sociedade? Seja! Pois a sociedade
precisa aprender a desobedecer anomalias.
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