A
temperatura na cidade de Maputo tem sido muito quente. É Setembro e é verão.
Neste período quem gosta de nadar numa boa praia aproveita. Toda gente sente
muito calor e a demanda pela água potável aumentou significativamente. Bebemos Mais,
tomamos banho Mais, Sujamos Mais e Lavamos Mais porque transpiramos Mais. Em fim,
a o valor da água aumenta nesta época.
Nem
todos estão a ter esta sorte com o verão. Os residentes dos bairros Polana Caniço
“A”, Maxaquene e outros, na cidade de Maputo, estão a passar por problemas de
fornecimento de água há três dias. Quer dizer, nas suas torneiras não sai, nem
uma gota sequer. É uma situação difícil, ou pelo menos seria, caso não fossem
estes bairros (Polana e Maxaquene) vizinhos do campus da Universidade Eduardo
Mondlane - UEM.
Nestes
últimos dias a UEM tornou-se numa espécie de Salvador. Que tal se não fosse a
UEM? Pergunta uma senhora de, aparentemente, cinquenta anos que, na altura,
carregava dois potes de vinte litros cada numa carinha de mão. Já não dá para
mais! Dizia um guarda do campus quando lhe pediam permissão de cartar a água. A
situação poderá agravar-se.
Diz-se que a restrição no
fornecimento de água deve-se ao facto das oscilações no fornecimento de energia
elétrica que, também, arrasta-se há três dias. A empresa Águas da Região de Maputo (ARM) fez um apelo aos munícipes
destas urbes a criarem reservas e racionalizarem o uso da água, até que a
situação seja totalmente resolvida.
Pelo que
sei, os bairros que citei acima são os únicos, na cidade de maputo, que albergam um grande número de
habitantes. Neste conjunto encontram-se estudantes oriundos de diversos cantos
do país. As reservas usadas por maior parte das pessoas somente aguentam até
dois dias dado o agregado.
A entidade
responsável pela água disse em um comunicado, no primeiro dia deste fenómeno,
que estão a envidar esforços para minimizar o impacto desta escassez. O que
seria minimizar o impacto? Por favor, deem-nos a água de volta!
Sem comentários:
Enviar um comentário