No Líbano o Islão luta
contra os cristãos marronitas; em Israel, contra os judeus; em Caxemira contra
os hindus; na Nigéria, contra os cristãos católicos e os protestantes; na Somália
e no Sudão, contra os cristãos evangélicos; na Etiópia, contra cristãos coptas;
no Báltico e na antiga União Soviética, contra os cristãos ortodoxos; no Paquistão,
contra a pequena minoria cristã; na Indonésia, contra os cristãos timorenses;
na Europa e na América, contra cristãos, os judeus e os secularistas (Louis
Pojman; p30)[1]
Este parágrafo parece
tendencioso na medida em que demonstra uma unilateralidade dos conflitos até
aqui considerados como “religiosos”.
Mas serão eles efetivamente religiosos? Penso que não, ora vejamos.
A
luz da gramática da língua portuguesa, a frase: “conflitos Religiosos” é
bastante contraditória. O termo conflito é o substantivo e o religioso
é o adjetivo, portanto a variável
que caracteriza o significado dos substantivos. Em suma a frase
remete-nos a um conflito que assume características religiosas, enquanto a
ideia é fazer entender que trata-se de um conflito protagonizado por religiões. Então o
que é ser religioso?
Conforme o Dicionário Michaelis,
religioso é um termo Pertencente ou relativo à religião: Ensino religioso. Que
procura viver de acordo com os preceitos da religião. Sagrado, santo. Ascético,
místico. Austero, profundo. Escrupuloso, exato, pontual, observador,
fiel. Aquele que teme a Deus e procura fazer a sua vontade.
Chegando a esta parte volto
a fazer a mesma questão: São os conflitos religiosos?
[1] Um excerto retirado do livro intitulado “ terrorismo, direitos humanos
e a apologia do governo mundial
VOCÊ SABIA?
Que em muitos países muçulmanos, como no Irão e na Arabia
Saudita, se alguém se converter a outra religião, por exemplo ao cristianismo
ou à fé bahá’í, essa pessoa será executada, assim como o agente que funcionou
como instrumento da conversão?