
* Os deficientes visuais encaram diversas
dificuldades na área de educação, pois as bibliotecas públicas, bem como
privadas não oferecem livros no sistema de código Braille. Sendo assim,
torna-se difícil, para eles, a leitura de manuais.
Há quem pode dizer que a
tecnologia é a solução para este problema porque hoje temos softwares
sofisticados com inteligência suficiente para ler os ficheiros digitais. Não
nego esta premissa, porem é preciso questionar quantos cegos possuem e sabem
manejar o computador? Será que todos os livros de que precisam estão
devidamente digitalizados?
* Temos escassez de professores capacitados a
ensinar um deficiente, sobretudo auditivo e visual. Proponho que as Universidades
com a inclinação pedagógica reformulassem o currículo e procurassem integrar
técnicas de ensino a pessoas portadoras de deficiência. As escolas e sistemas de educação
precisam ser transformados para atender às necessidades individuais de todos os
educandos. Quantos professores recentemente formados estão
habilitados a ensinar um cego? Um mudo?
* Os nossos edifícios tem sido, também, um
calcanhar de Aquiles para muitos paralíticos… sem querer tocar a questão dos
transportes… Parecem pequenos problemas, mas se reflectirmos iremos compreender
que os efeitos deles advindos são de grande impacto na negativa. Participação
Inclusiva é uma realidade ainda distante no contexto moçambicano. Precisamos
repensar!