Guerra é um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois
ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados[1] utilizando-se de armas para tentar derrotar o adversário.
Um cenário como este tem-se
verificado em Moçambique há, aproximadamente, 6 anos. É um conflito assente
sobre os interesses políticos, mas que depois desagua em económicos. Na época Guebuziana
foram centenas de rondas em conversações entre o Governo e a Renamo para dar
fim aos desentendimentos mas sem sucessos. Com o novo presidente, Nyusi, tivemos as nossas luzes
verdes acesas, quando este afirmou, aquando do empossamento fazer de tudo para
garantir paz e segurança aos Moçambicanos pela abertura que pretendia
demonstrar nos dias posteriores. Um ano depois da sua governação, estas luzes
tornam-se cada vez mais ofuscadas. Os patrões de Nyusi vivem desesperados com o
amanhã. Um dia dormimos bem, Outro acordamos com notícias sangrentas dando
conta que, em combates armados, morreram “X” moçambicanos. Uma total incerteza.
Nesta paisagem turbulenta há
um discurso que se pretende seja universal de que o que está aqui a acontecer é
um Conflito político-militar. Aos
ouvidos de um leigo esta frase soa linda (risos…) mas, observando através de
uma lupa, percebemos logo tratar-se de uma GUERRA, mas uma guerra geo-localizada
que, pode, se não haver acordos entre ELES (Governo e a Renamo), nacionalizar-se.
Confira abaixo alguns sinais que provam de que moçambique está em Guerra;
1. Mortes em combates Armados;
2. Fluxo de Refugiados (Veja-se que já temos
milhares em Malawi);
3. Agravamento
da Fome (Subiu para 43% o numero de crianças em Moçambique que sofrem de
desnutrição crónica -UNICEF);
4. Recessão
económica;
5. Contrainformação, os considerados G40.
Agora
digam vocês, porque amenizar o termo GUERRA para CONFLITO POLITICO-MILITAR? Sejam
práticos nos vossos diálogos, por favor, não queremos guerra neste País...
Permitam que a nossa geração Viva em Paz... POR FAVOR.
Na próxima
publicação irei detalhar cada um daqueles pontos que levantei acima. Elabo Mutchapawe
[1] FERREIRA,
A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª
edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 876.
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