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domingo, 5 de julho de 2015

AS DIFERENÇAS FAZEM O MUNDO MELHOR

Um dos fatores, que eu acho o mais importante, dos conflitos no mundo está na limitação do homem em saber conviver com as diferenças, isto é, aceitar as vivencias, costumes, hábitos, etc de outros povos. Existe, em minha opinião, uma tendência de os homens quererem unificar os seus ethos a nível global. Muitos que assim procedem são os ditos possuidores de instrumentos de produção, ou seja, os abastados ou mesmo ricos.  

Esquecem-se eles que, os seus ethos, na medida em que procura universalizar-se encontra resistências em territórios diferentes da sua origem.  Sendo assim, eles forçam-nos de forma maquiavélica a aceitar de que aquilo que pensam é a verdade universal. E este esforço quando encontra um terreno difícil de penetrar, usam qualquer meio para atingir os seus fins, gerando conflito em toda a sua dimensão.

Porquê é as pessoas pensam que todos devem ser cristãos? Ou então Muçulmanos? Porquê queremos sempre puxar os outros a corroborarem com nossas ideologias pensando que somos os mais corretos? Que garantias temos da nossa exatidão? Porquê certas raças pensam ser espelho das outras? Que graça teria o mundo se todos vestíssemos, falássemos e pensássemos iguais?... Sobre este assunto as perguntas são infindas.

Dois exemplos que podem elucidar esta problemática são seguintes:

1-    Imaginemos uma sala de aulas onde os estudantes na sua maioria vêm de diferentes regiões de uma nação. Nela existem dois de região A, quatro de região B e nove de Região C. O mais provável é que estes não se vão misturar. Criarão grupinhos através da semelhança de língua, costumes, etc. Isto ilustra a nossa incapacidade de convivermos com os diferentes.

2-   As religiões estão sempre em embates frenéticos frequentes porque todos querem puxar a galinha para a sua brasa. Se eu sou cristão penso que a minha religião é a melhor, levando-me a ir convencer um muçulmano a tornar-se cristão. Vice-versa. Em que medida uma determinada religião deve ser considerada universal?


Comecemos a aceitar os outros como são. Aprendamos a conviver com as diferenças. Chega de criar grupinhos. Chega também de pensar que somos os mais certos que os outros. Lembre-se que o mundo tem mais de 3000 anos, e nele já passaram centenas de gerações. Finalmente proponho uma sabedoria assente na aceitação das diferenças para que o mundo seja, de facto, um lugar livre de intrigas e conflitos, livre de preconceitos, livre de injustiças, um lugar agradável de se viver. 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

CONFLITO RELIGIOSO OU CONFLITO ENTRE RELIGIÕES?

No Líbano o Islão luta contra os cristãos marronitas; em Israel, contra os judeus; em Caxemira contra os hindus; na Nigéria, contra os cristãos católicos e os protestantes; na Somália e no Sudão, contra os cristãos evangélicos; na Etiópia, contra cristãos coptas; no Báltico e na antiga União Soviética, contra os cristãos ortodoxos; no Paquistão, contra a pequena minoria cristã; na Indonésia, contra os cristãos timorenses; na Europa e na América, contra cristãos, os judeus e os secularistas (Louis Pojman; p30)[1]

Este parágrafo parece tendencioso na medida em que demonstra uma unilateralidade dos conflitos até aqui considerados como “religiosos”. Mas serão eles efetivamente religiosos? Penso que não, ora vejamos.

A luz da gramática da língua portuguesa, a frase: “conflitos Religiosos” é bastante contraditória. O termo conflito é o substantivo e o religioso é o adjetivo, portanto a variável que caracteriza o significado dos substantivos. Em suma a frase remete-nos a um conflito que assume características religiosas, enquanto a ideia é fazer entender que trata-se de um conflito protagonizado por religiões. Então o que é ser religioso?

Conforme o Dicionário Michaelis, religioso é um termo Pertencente ou relativo à religião: Ensino religioso. Que procura viver de acordo com os preceitos da religião. Sagrado, santo. Ascético, místico. Austero, profundo. Escrupuloso, exato, pontual, observador, fiel.  Aquele que teme a Deus e procura fazer a sua vontade.

Chegando a esta parte volto a fazer a mesma questão: São os conflitos religiosos?


[1] Um excerto retirado do livro intitulado “ terrorismo, direitos humanos e a apologia do governo mundial

 VOCÊ SABIA?


Que em muitos países muçulmanos, como no Irão e na Arabia Saudita, se alguém se converter a outra religião, por exemplo ao cristianismo ou à fé bahá’í, essa pessoa será executada, assim como o agente que funcionou como instrumento da conversão?


segunda-feira, 22 de junho de 2015

A PALAVRA

Eu nasci antes dos homens (era verbo e o verbo se fez homem), e depois com os homens, entretanto, há muitos anos. Sempre caminhei junto ao homem, sem eles eu não existiria e sem mim eles não se comunicariam, na verdade somos dependentes um do outro incondicionalmente.

Eu posso ser expressa através de varias maneiras, pela voz, pelos desenhos, pelos gestos e muito mais. Eu sou e existo em tudo quanto é canto. Eu sou todo o comportamento teu. Obrigado por me tornares explicito neste mundo em que muitos preferem ser implícitos comigo.



Nostalgia_Poemas from Rogério Marques Júnior

sábado, 13 de junho de 2015

RESUMO DO FILME "O ABUTRE": Recomendado para os jornalistas

O Abutre, com título original: Nightcrawler é um filme policial americano com drama e suspense,   escrito e dirigido por Dan GilroyJake Gyllenhaal é o protagonista do filme, que na peça identifica-se por Louis Bloom. Foi lançado em 17 de Outubro de 2014 pela Open Road Films e conta a história de um jovem que, depois de tantas tentativas de entrar pelo mundo de emprego formal, decide enveredar pelo jornalismo criminal independente. Para tal, Louis Bloom corre, diariamente, em busca de registar crimes e acidentes a fim de vender para os veículos interessados.


sexta-feira, 5 de junho de 2015

NOVOS MEDIA E AS RELAÇÕES EXTERIORES

O advento dos novos Media alterou praticamente todos os aspectos da nossa sociedade. E, a política externa não fica para trás. Actualmente acostumamo-nos a receber notícias e comentários a partir de novas fontes – o espaço virtual em forma de tweets, atualizações do Facebook, blogs, etc. - Além da media tradicional. Isto implica menos controlo sobre o fluxo e fonte de informação.

O jornalismo cidadão está tomando destaque e fazendo passos na nova paisagem da media. Com isso, o acesso à informação tornou-se mais fácil, especialmente em países onde a Internet não é restrita. Isto significa que os países também têm que mudar a maneira como eles se relacionam com outros países.

Claro que houve efeitos negativos. Mas, também temos visto alguns dos principais desenvolvimentos e melhorias em termos de resposta aos desafios que se abatem sobre a humanidade nesta era digital. As Relações internacionais mudaram com o aparecimento de novos meios de comunicação. Essas mudanças trouxeram campanhas hashtag que transcenderam as fronteiras e a burocracia.

Um bom exemplo de lembrar é a ameaça à segurança e ao terrorismo colocada pelo Boko Haram na Nigéria. Quando esses terroristas sequestraram mais de 200 alunas a campanha #BringBackOurGirls ecoou dentro e fora da Nigéria, incluindo o envolvimento de Michelle Obama, a primeira-dama dos Estados Unidos da América. Se novos meios de comunicação, em forma de tweets e hashtags, levam a soluções é outra questão. Mas é óbvio que a diplomacia na era digital tornou-se globalizada.

O activismo em Direitos humanos do grupo de blogueiros “zona 9” (que atualmente estão detidos e prestes a enfrentar julgamento na Etiópia) tem sido fundamentais para chamar a uma postura sólida da comunidade internacional em garantir a democratização e a liberdade de expressão para impulsionar o desenvolvimento na Etiópia.

O uso de blogs como uma ferramenta para destacar uma questão de interesse nacional e chamar a atenção da comunidade de agir é um indicador da crescente influência da mídia social em política externa. Esse é o poder do poder na era digital. A velocidade com que a informação é difundida é mais significativa do que a mídia tradicional.


O uso dos Media sociais para campanhas contra a injustiça e a corrupção continua a desempenhar um papel fundamental na sua erradicação. Pode não haver resposta imediata a estes problemas sociais globais, mas um pouco de persistência, por parte dos activistas, pode gradualmente trazer a mudança que queremos ver. A medida em que as informações estiverem postadas online nas redes sociais transformam-se em uma génese de uma melhor aplicação da política externa.

Adaptado por Rogério Marques do Autor Charles Mensah - blogueiro baseado em Gana. 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

VIDAS DIVIDIDAS - UMA PROPOSTA LITERARIA


"...Como alguns e algumas a Magui nasceu numa família residente em DOMELA, um nome que acordando a língua local, na sua tradução em português significa “Coisas que Crescem”. Pela simplicidade humildade e pura realeza vivia a família da Magui. Mergulhando o sentimentalismo e o humanismo nas descendentes. Magui era ordinalmente terceira e penúltima filha de casa, caracterizada pela criatividade, buscadora de soluções, activa e muitas outras características que a faziam ser desigual das outras..."

Leia na itegra AQUI






segunda-feira, 27 de abril de 2015

O QUE MUDOU NO MUNDO REAL?

No século passado, o homem inventou a internet impulsionando a um patamar elevado o fenómeno de globalização que começou ha centenas de anos quando ele domesticou o cavalo e inventou a roda, mais tarde o automóvel, o avião, etc. Conhecendo, por isso, os mais dilatados espaços terrestres.

Entretanto, no mundo real mudou tudo. Era grande é agora pequeno. Era desconhecido, é devassado. Era fraccionado, intercomunica, quando não se funde. As fronteiras abatem-se. As cancelas franqueiam-se. As migrações sucedem-se. Os Antípodas avizinham-se. As informações massificam-se. As culturas interpenetram-se. As cidadanias sobrepõem-se. Os fluxos turísticos espairam-se. Os consumos repetem-se. Os hábitos mimetizam-se. Os espectáculos difundem-se. As línguas divulgam-se. As televisões imitam-se. As identidades retraem-se. As trocas libertam-se. Os mercados integram-se. Os valores apagam-se. As personalidades copiam-se. As diferenças nivelam-se.


Estas mudanças apelam à uma unicidade de tudo aquilo que outrora estava disperso. Propiciando assim, uma inteligência colectiva e uma cultura participativa no grau superlativo absoluto sintético. Os tempos são outros, convém a reestruturação das nossas sociedades. Será que o conceito de “isto é meu e de mais ninguém” vale a pena hoje?

segunda-feira, 20 de abril de 2015

CINCO MEIOS DE COMUNICAÇÃO E CINCO DATAS MARCANTES

alrocha-antenacultural.blogspot.comComo forma de responder a demanda e a dificuldade que muitos estudantes de Comunicação Social têm enfrentado na busca de datas, de forma sistemática, dos principais meios de comunicação. O olho do cérebro, inspirado pelo Francis Balle, apresenta abaixo as cinco datas e características marcantes respectivas a evolução da Imprensa, Televisão, Rádio, Cinema e Internet.






IMPRENSA

Data
Acontecimento
1440-1445
Gutemberg põe a funcionar, em Mayence, a sua máquina de imprimir
1605 ou 1609
Nascimento do primeiro semanário conhecido, Estamburgo, Relation: Aller Funemmen und gedenckwurdingeen…
1660
Criação do primeiro Jornal diário do mundo, o alemão Leipziger Zeitung.
1847
La Presse, jornal diário fundado em Paris, em 1836, por Émile Girardin, utiliza a rotativa aperfeiçoada por Marinoni
1993
San Jose Mercury News, Jornal diario da California, abre o primeiro sitio de internet na Web.
CINEMA
1895
Auguste e Louis Lumière registam a patente do cinematógrafo e rodam os seus primeiros filmes, La Sortie des Usines. Lumière e L’Arrivée d’un train en gare de La Ciotat. Em 28 de Dezembro tem lugar a primeira projecção pública no Grand Café, nomeadamente com o primeiro gag do cinema: L’Arroseur arrosé
1927
Primeiro filme falado e cantado, O Cantor de Jazz, produzido pelos irmãos Warner. Nascimento das actualidades filmadas, com o voo transatlântico de Charles Lindbergh
1937
Invenção do Technicolor.
1952
Realização do The Robe, primeiro filme em cinemascópio.
1995
Primeiro filme realizado em desenhos animados e em três dimensões, Toy Story, do americano Jhon Lasseter e produzido pela Disney
RÁDIO
1896
Guglielmo Marconi regista na Grã-Bretanha a patente da telegrafia sem fios sem fios, antepassado da rádio.
1917
A Revolução Russa é anunciada ao mundo pela TSF – Telegrafia Sem Fio.
1922
Criação, em França, da primeira estação privada, Radiola, por Émile Girardeau.
1935
Edwin Armstrong põe em prática a modulação de frequência.
1940
Em 18 de Junho, apelo do general de Gaulle pela BBC: “A chama da resistência não se apaga, nem se apagará”.
TELEVISÃO
1936
Transmissão dos jogos olímpicos de Berlim nas grandes cidades alemãs.
1948
Final da volta à França em bicicleta transmitida em directo por duas câmaras
1949
Criação, em França, do primeiro canal de televisão com a emissão de um jornal diário
1952
Primeira transmissão directa internacional por ocasião da coroação da Rainha Isabel II.
1968
Inicio das vendas dos televisores a cores para a transmissão dos Jogos Olímpicos de Grenoble.
INTERNET
1973
O francês Francis Gernelle o primeiro microcomputador do mundo: O Micral
1981
Lançamento da telemática francesa, a Minitel. Comercialização do primeiro PC do IBM
1984
Comercializacao do CD áudio
1994
Lançamento nos Estados Unidos do Pacote Digital de televisão por satélite (Direct TV), com serviços interactivos.
1999
Começa a pensar-se na substituição do gravador de vídeo por um disco Duro, num televisor, para gravar programas pré-seleccionados.


sábado, 18 de abril de 2015

PAISES POBRES PRODUZEM RICOS - DISSE Mia Couto


Acompanhei com algum desagrado a noticia publicada na penúltima edição do jornal Savana, que a Directora geral do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres - INATTER, Ana Dimande[1], leva para casa cerca de meio milhão mensalmente, e isto lembrou-me o pensamento de Mia Couto: “A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos”. Ele tinha e continua tendo razão intemporal neste seu pensamento simples, mas, com uma semântica muito profunda.

Perfazem treze funcionários com títulos salariais graúdos. Fazendo, por isso, a utilização indevida das antigas percentagens de abonos sobre o salário base, o salário bruto mais baixo de entre os 13 funcionários da Direcção Geral do INATTER é de 180.467,28 Meticais. No total, os sortudos auferem mensalmente um salário acima de 3 milhões de Meticais.

Só o orçamento para pagar estes 13 funcionários caberia para pagar ordenado de mais de 670 trabalhadores que usufruem o salário mínimo na fasquia de 3.500 meticais. Este fenómeno parece mostrar-nos que há falta de vontade dos visados em adoptar medidas de austeridade rígidas. Vale lembrar que a economia de Moçambique não é feita pelos dirigentes que estão no topo. Ela é desenvolvida, de forma activa, pelos que estão na base: professores, enfermeiros, camponeses, entre outros, que, regra geral, recebem mal. Como torná-los motivados?

A política salarial é um instrumento que serve para motivar o proletariado, porém, quando ela é voltada para as classes altas, com valores tão altos como estes, cria descontentamento. Moçambique produz para os moçambicanos e não para alguns. Quanto custa 25 quilos de arroz? 20 Litro de óleo? 10 Quilos de batata? 20 Quilos de farinha? Leite? Transporte? Etc. O salário mínimo deve ser ajustado em função das necessidades realísticas, básicas e universais, dos seres humanos. Então, por exemplo, com 3500, conseguimos cobrir isso?

       É preciso deixar de dar “muito” dinheiro aos “chefes”. Sabemos todos que, embora receba um valor alto, goza também de inúmeras regalias desde combustível, alimentação, habitação, assistência médica medicamentosa, etc. Assim perguntamos: porquê tanto dinheiro se as suas necessidades básicas e universais estão encobertas pelas regalias? Não estou com isso a dizer que não recebam, porém que se adopte, urgentemente, medidas de austeridade rígidas. Porque casos parecidos, podem estar a acontecer em outros sectores ditos “gestores de receitas”.



[1] O mesmo Jornal publicou esta semana que a directora Ana Dimande foi afastada do INATTER em substituição da então directora provincial dos Transportes e Comunicações de Nampula, Ana Paula

sexta-feira, 17 de abril de 2015

QUALIDADE DE ENSINO EM MOÇAMBIQUE: DE QUEM É A CULPA?

Nos últimos tempos, tem se discutido com alguma efervescência (o que já é bom) a temática de qualidade de ensino no nosso país, porém, há um denominador comum em quase todos os discurso que acompanhei – todos procuram identificar o culpado, neste caso, o professor é a vítima. Puxando o debate para um campo mais científico, penso que falar da qualidade de ensino num País como Moçambique é, antes de mais, debruçar-se sobre as percepções e motivações deste professor, procurando localizar-lhe no tempo e no espaço.

A psicologia ensina-nos que o grau de percepção, assim como de motivação, são determinadas pelas necessidades, pois o organismo age de forma intencional voluntária ou involuntariamente, para buscar o “optimum de equilíbrio fisiológico, social e humano”.

O Teórico Abraham Maslow: afirma que as motivações humanas obedecem a uma hierarquia de necessidades e desejos. Essas necessidades vão desde factores que garantem a sobrevivência até as que nos levam às melhores transformações e evoluções, dentro dos campos situacionais, profissionais e existenciais. Os tipos de necessidades então seriam:

1.     Fisiológicas (fome, sede, ar, sexo e sono),
2.    Segurança (abrigo, protecção e ausência de perigo),
3.    Amor (filiação, aceitação e sentimento de pertencer),
4.    Estima (realização, aprovação, competência e reconhecimento),
5.    Autorrealização (possibilidades de uso das potencialidades individuais, com contínuo aprimoramento).

Para Maslow, quando uma dessas necessidades permanece insatisfeita, pode dominar todas as outras, isto é, quanto maior for o grau de satisfação e realização das necessidades, maior também seria a motivação humana para o crescimento e desenvolvimento social/individual.

Essa visão explica os interesses e as formas de funcionamento das pessoas em geral e faz com que identifiquemos os motivos que levam as pessoas a estarem em diferentes níveis de motivação, possibilidades e aspirações, no campo do trabalho, principalmente.

É verdade que não é possível satisfazer todas as necessidades do homem, dado que, estas são infinitas. Todavia, se as necessidades Fisiológicas (fome, sede, ar, sexo e sono) e de Segurança (abrigo, protecção e ausência de perigo) forem satisfeitas pelos PROFESSORES, já estaremos a dar, certamente passos galopantes para a tão almejada qualidade de ensino. Acredito que as outras necessidades serão satisfeitas se as duas primeiras estiverem realizadas pelo indivíduo. Então!? Como fazer isso?

Para além de um salário que se coaduna com a realidade do mercado moçambicano, penso que há um factor bastante fundamental, e que deve ser dada devida atenção para ultrapassarmos isso de forma inteligente. É preciso apostar na segurança alimentar para todos os moçambicanos. Ora vejamos que de acordo com um estudo feito sobre a “Analise da pobreza em Moçambique” cerca de 45% dos menores de cinco anos sofriam de desnutrição crónica em 2009 ou seja, tinham uma altura-para-idade muito baixa, uma melhoria em relação a 49% em 1997. Estas taxas de subnutrição estão entre as mais altas do mundo[1].





















Dentre várias consequências da desnutrição temos o atraso no desenvolvimento corporal e intelectual nas crianças. Logo, o grau de percepção de uma matéria escolar,, inteligência e criatividade depende, em grande parte, dos antecedentes alimentares.
É aconselhavel o uso de alimentos que contenham ferro em todas as fases da vida, mas, em especial, em bebés e idosos, que possuem uma necessidade maior de ferro no organismo para aumentar o seu cérebro e isto, por sua vez, a capacidade de aprendizagem. 
Exemplo:

Como podemos ver, a qualidade de ensino em Moçambique está em baixo nível qualitativo, não apenas pelas políticas educacionais que estejam a falhar, mas a actuação deficitária de outros sectores da sociedade afecta directa ou indirectamente o funcionamento do da educacao. Por exemplo, enquanto tivermos problemas de alimentação teremos naturalmente problemas de qualidade de ensino. Por isso, penso que seja extremamente preciso que todos os sectores se harmonizem e trabalhem com planos integrados. Caso contrário, não se pode falar de uma qualidade de ensino enquanto as necessidades fundamentais de muitos mocambicanos permanecerem insatisfeitas. 



[1] Bart van den Boom, Análise da pobreza em Moçambique, Março de 2011, Maputo, 55p

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