Um dos fatores, que eu
acho o mais importante, dos conflitos no mundo está na limitação do homem em
saber conviver com as diferenças, isto é, aceitar as vivencias, costumes, hábitos,
etc de outros povos. Existe, em minha opinião, uma tendência de os homens quererem
unificar os seus ethos a nível global. Muitos que assim procedem são os ditos
possuidores de instrumentos de produção, ou seja, os abastados ou mesmo ricos.
Esquecem-se eles que, os
seus ethos,
na medida em que procura universalizar-se encontra resistências em territórios
diferentes da sua origem. Sendo assim,
eles forçam-nos de forma maquiavélica a aceitar de que aquilo que pensam é a
verdade universal. E este esforço quando encontra um terreno difícil de
penetrar, usam qualquer meio para atingir os seus fins, gerando conflito em
toda a sua dimensão.
Porquê é as pessoas pensam
que todos devem ser cristãos? Ou então Muçulmanos? Porquê queremos sempre puxar
os outros a corroborarem com nossas ideologias pensando que somos os mais corretos?
Que garantias temos da nossa exatidão? Porquê certas raças pensam ser espelho
das outras? Que graça teria o mundo se todos vestíssemos, falássemos e pensássemos
iguais?... Sobre este assunto as perguntas são infindas.
Dois exemplos que podem
elucidar esta problemática são seguintes:
1- Imaginemos
uma sala de aulas onde os estudantes na sua maioria vêm de diferentes regiões de
uma nação. Nela existem dois de região A, quatro de região B e nove de Região C.
O mais provável é que estes não se vão misturar. Criarão grupinhos através da
semelhança de língua, costumes, etc. Isto ilustra a nossa incapacidade de
convivermos com os diferentes.
2- As
religiões estão sempre em embates frenéticos frequentes porque todos querem
puxar a galinha para a sua brasa. Se eu sou cristão penso que a minha religião
é a melhor, levando-me a ir convencer um muçulmano a tornar-se cristão. Vice-versa.
Em que medida uma determinada religião deve ser considerada universal?
Comecemos a aceitar os
outros como são. Aprendamos a conviver com as diferenças. Chega de criar
grupinhos. Chega também de pensar que somos os mais certos que os outros. Lembre-se
que o mundo tem mais de 3000 anos, e nele já passaram centenas de gerações.
Finalmente proponho uma sabedoria assente na aceitação das diferenças para que
o mundo seja, de facto, um lugar livre de intrigas e conflitos, livre de preconceitos,
livre de injustiças, um lugar agradável de se viver.
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