“Vivemos numa sociedade,
em que somos obrigados a ser mudos mesmo com a boca e o cérebro em actividade”
Cuidado! Hoje em dia é
perigoso pensar e falar, alias, o perigo não está em falar por si só, mas sobre
que assuntos pensar e expressar. O teu pensamento e a tua expressão devem estar
aliados aos grandes controladores do sistema. Aí de ti pensares e expressares
diferente!? Custar-te-ade a vida.
Vida! Quem de nós tem o
direito de acabar com a vida do outrem? A resposta pode ser “ninguém”. Sabemos que
existem os que mesmo na terra, sendo eles seres finitos, tem o “direito” de
tirar a vida de quem apenas pensa e expressa-se diferente.
Eles querem que sejamos
massa! Como se diz
na América do norte: Ser diferente é indecente. A massa arrasta tudo o que é
diferente, egrégio, individual, qualificado e selecto. Quem não for como toda a
gente, quem não pensar como toda a gente, corre o risco de ser eliminado.[1]
Mas
aqui tem um problema: pensar como toda a gente? Que toda a gente é essa? Abrindo
um pouco o cérebro compreenderemos que “toda a gente” é a elite minoritária,
que usando do seu poder influencia comportamentos numa espécie de two-step flow of comunication.
Vale
mais ficar só no pensamento? Se quando falamos posemos a nossa única riqueza – vida – em risco. Parece impossível ficar-se
só no pensamento porque a natureza de todo homem assenta na comunicação, pois
ele não vive em uma ilha solitária.
Matemos!
- Ordenam eles. E o povo? – A consciência lhes pergunta. O povo? Que povo? Este
que conheço? Eles vão falar tantos “blablás” e em pouco tempo esquecer-se-ão. Enquanto
isso, serve de alerta para todos os que se expressam diferente! Serão carne de
canhão, eis o destino.
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