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segunda-feira, 28 de março de 2016

DEPENDÊNCIA DE MÉDICOS ESTRANGEIROS DEVE SER COMBATIDA

A Ordem dos Médicos de Moçambique referiu-se em um relatório, que na província da Zambézia só há um médico para cada 30 mil habitantes, isto é, a província está dependente de profissionais estrangeiros e há uma grande falta de especialistas. Actualmente, os pacientes com doenças consideradas graves são transferidos para os hospitais centrais da Beira, de Nampula e de Maputo.

 
Vale a pena lembrar que vivem um pouco mais quatro milhões de pessoas na província central da Zambézia, mas só existem 165 médicos, 35 dos quais são estrangeiros. Dos restantes 130 nacionais, apenas cinco são especialistas nas áreas de medicina dentária, pediatria e psiquiatria, e apenas um é cirurgião.

O número é insuficiente para cobrir a procura. Estamos, infelizmente, com um rácio superior a um médico para 30 mil habitantes. Era, no meu ponto de vista, ideal que este número fosse inferior a pelo menos 5 mil habitantes.

Este cenário leva-me a pensar que a qualidade de prestação dos serviços nesta província só é maior quando diminui o número de utentes por médico. Mas isso, no contexto moçambicano parece uma utopia, porque num universo de 30 mil pessoas a probabilidade de redução de utentes por médico pode não ser tão significante como se pensa.

Esta é uma oportunidade ímpar para as instituições começarem a pensar de forma comprometida na necessidade de formação de mais médicos nacionais, não só generalistas, mas também especializados em diversos ramos de saúde porque tal como a Zambézia, outras províncias não tem médicos suficientes para responder ao número da população.

É verdade que numa primeira fase vão ser necessários médicos generalistas, mas depois vamos de médicos especialistas: Mais ginecologistas e obstetras, mais cirurgiões, mais pediatras, mais dermatologistas, mais oncologistas. Este é um processo contínuo e que as instituições vocacionadas devem encarar, reafirmo, com muita seriedade.


Aos estudantes de medicina é preciso deixar de preferir trabalhar apenas nas grandes cidades, porque o que se tem notado é um número asfixiante de recém graduados em medicina geral ou não preferindo trabalhar nos centros urbanos a suburbanos. Pois, enquanto houver um défice de “recursos humanos” – resultante desta centralização - os serviços de saúde ficarão aquém do desejado.

sábado, 26 de março de 2016

"Anualmente reprova um estudante por plágio na disciplina de Metodologia de Investigação Cientifica"


O plágio em trabalhos de culminação de curso – uma prática pouco ética – em universidades moçambicanas tem sido um denominador quase que comum. Os estudantes na sua maioria forma-se, porém tornam-se fobicos em relação a escrita de suas monografias, o que podia ser amigo dos académicos torna-se grande inimigo. O que devia durar pouco tempo, leva mais tempo do necessitado. Tal como podemos ver, recentemente, foi publicado um estudo por Peter Coughlin que dava conta que cerca de 75% de teses nas principais universidades moçambicanas têm plágio.

Mário Fonseca, docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane

Nesta esteira conversamos com docente universitário e investigador Mário Fonseca e de lá ficamos adentro de algumas nuances que demarcam esta problemática de cabelos brancos. Nas próximas entrelinhas, Fonseca compartilha connosco a sua experiencia como docente da disciplina Metodologia de Investigação Cientifica – MIC bem como as técnicas por ele usadas de modo a controlar o nível de plágio em trabalhos realizados na sua cadeira.

Que temáticas são lecionadas semestralmente na cadeira de metodologia de investigação científica?

A primeira tem a ver com as bases de investigação em ciências sociais. Como a investigação começou a fim de compreendermos os paradigmas deste campo de estudo.

Depois evolui-se para a pesquisa em si, pensada de forma teórica, isto é, o que um pesquisador deve ter em conta para fazer a investigação. Quais são as etapas que nós precisamos cumprir para que nos considerarmos que estamos a fazer um trabalho de investigação? Como é que podemos identificar um problema científico? Estas discussões ajudam-nos a compreender o que é um problema científico e outro que não seja desta natureza até chegarmos a fase em que o estudante sabe formular hipóteses, situar o seu discurso dentro de um paradigma de pesquisa, esteja enfim habilitado a ir para o campo.

Embora não tenhamos tido tempo para que o estudante vá ao campo, temos feito um esforço para que está etapa seja praticada. O estudante recolhe informações e produz um relatório contendo a interpretação dos resultados e a sua respetiva conclusão.
De forma resumida podemos dizer que temos três etapas nomeadamente: A primeira é ensinar os estudantes como é que surgem os métodos. A segunda é aquela em que nós ensinamos a parte teórica: o que é um trabalho científico? A terceira e última é a Recolha de dados para a sua posterior interpretação em um relatório de pesquisa.

As temáticas ajudam ao estudante a compreender a importância de uma pesquisa científica?

Essa pergunta seria mais complicada se perguntasses em que medida, mas dito desta maneira, naturalmente que ajuda nem que seja em 20%.

Na avaliação dos trabalhos que recomenda aos estudantes, usa alguma técnica de deteção de plágio?

É preciso reconhecer que não é fácil controlar o plágio. Dependendo do nível em que o estudante plagia. Porque existe uma espécie de “plágio” em que provavelmente o estudante por falta de atenção deixa de referenciar, mas não sendo este um comportamento intencional. Porém atenção que este tipo de plágio, não pode ser detetado, no mesmo trabalho, mais de duas vezes.

Em segundo lugar, existe um plágio mais fácil de identificar, aquele que consiste em copiar um trabalho inteiro e ir mudando alguns aspetos aqui e acolá. Não obstante seja a coisa que menos desejo dos meus estudantes, anualmente, sem falha, reprova um estudante por plágio. E os casos que eu encontrei são os de grandes quantidades de páginas plagiadas. O estudante pega, por exemplo, a seguinte frase: “educação politécnica e a escola de trabalho em Moçambique” e troca o Moçambique por Gaza.

Agora com o advento da internet ficou um pouco mais fácil identificar plágios. Há pogramas específicos que ajudam para tal. E o que eu uso é o motor de busca Google, isto é, o trabalho de que suspeito ter algum tipo de plágio, copio os trechos e coloco-os no Google para ver a correspondência ou semelhança. Caso encontre uma correspondência igual ou acima de 50 % no sentido e na forma, este é um trabalho que nem vale a pena considerar.

Qual é a Critica que faz a iniciação científica na Escola de Comunicação e Artes?

O tempo nunca é suficiente para fazermos nada. O tempo não é suficiente para ensinar um estudante a investigar, mas o principio é que nem todos os estudante se mostraram apaixonados com o ramo de pesquisa em sim. Se os desenhadores do currículo pusessem a enfase na iniciação cientifica. Isso iria lesar os outros que estão ali mas somente querem ser apresentadores de televisão de noticiário, então é preciso colocar uma dose em tudo.

O tempo não é suficiente, mas é o tempo que temos que saber trabalhar dentro das limitações. Agora, se nós estamos num bom caminho, eu acho que nós estamos a aprender. Na minha curta experiencia na lecionação desta cadeira – Métodos de Investigação Cientifica – primeiro comecei com os trabalhos escritos apenas e depois há o problema que não conseguimos controlar em que medida é o trabalho pertence ao estudante, então introduzi a apresentação e defesa do trabalho escrito. Porquê?

Porque apercebi-me que no fim do curso. Quando os estudantes vão defender a monografia eles enfrentam mais dificuldades de apresentação e defesa. E as dificuldades, muitas vezes não porque o estudante não tem conhecimento, isto sim, porque ele nunca falou em público. Nesta lógica realizamos uma oficina de comunicação com este intuito e um pouco mais para conhecer quem são aqueles que têm inclinação para a área de pesquisa e os opostos.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ISSO AJUDA A EXPLICAR?


Dizem que em relações internacionais não há relações de amizade, isto sim, relações de interesse. Vejam o galardão dos Estados Unidos em apoios ao Desenvolvimento de Moçambique. Como sair dessa? Como disse Ladslau, A hipertrofia terciária é mesmo um mal para os países subdesenvolvidos

sábado, 13 de fevereiro de 2016

MOÇAMBIQUE: CONFLITO POLITICO-MILITAR OU GUERRA?

Às vezes é preciso ser preciso e dizer-se de frente que em Moçambique as coisas não estão indo muito bem. Sem querer esgotar o tema, passo em revista alguns traços que demonstram de que Moçambique e os Moçambicanos não estão em PAZ.

1.    Mortes em combates Armados em Moçambique

Os nossos Medias locais, na sua maioria, não tem sido muito felizes quando relatam o que tem acontecido nos combates entre a Renamo e o Governo (Frelimo – na linguagem do povão), ora perpetrados pelo primeiro (?), ora pelo segundo (?). Dito de outra maneira, Os jornais e as televisões independentes estão proibidos de reportar essas mortes. As televisões STV, Miramar, TIM e os jornais @Verdade, SAVANA, Zambeze e outros já não informam sobre estes “abates”.

Relatos de testemunhas oculares garantem-nos que neles há mortes e mais mortes. Conhecemos histórias de mães que não conseguem manter contactos com seus filhos militares há anos e desconhecem as causas. Provavelmente estejam mortos e as autoridades não tenham humildade suficiente de lhas dizer. São jovens que são usados como escudos para proteger aos BARRÕES de modo que continuem a roubar aos seus patrões bem como a cometerem muitas irregularidades. Em fim, os jovens Morrem e ELES continuam avante com o Colonialismo Doméstico na maneira mais crua.

Lembremo-nos dos confrontos ocorridos em 24 de Julho de 2015 na Província de Tete, posto administrativo de Zobué, no distrito de Moatize. Este ataque foi um dos marcos que levou alguns Moçambicanos a refugiarem-se em Malawi.

Momentos sucedidos a esse episódio ouvimos vozes governamentais a dizerem que o saldo daquele extermínio era de um morto e um ferido, o que veio a ser contrariado mais tarde por Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO ao dizer que dos confrontos resultaram 45 mortos do lado das forças de defesa e segurança e nenhum dos seus. Não sabemos quem está mentir, mas certificamo-nos que houve morte(s).

Temos também assistido tentativas de assassinato a mão armada aos jornalistas considerados ameaça ao sistema bem como aos políticos. O caso de que se tem memória é do baleamento, que se pretendia mortal, do Secretario Geral da Renamo, Manuel Bissopo ocorrido no dia 20 de Janeiro de 2016.

2.  Fluxo de Refugiados


Confrontos entre homens armados da Renamo e forças governamentais leais ao partido no poder em Moçambique, a Frelimo, em Tete e Sofala já levaram mais de três mil pessoas a fugir para país vizinho, ultrapassando a capacidade dos centros de acolhimento.

Este fluxo migratório coloca um obstáculo nos recursos do Malawi numa altura em que uma das piores secas de sempre promete deixar 2,8 milhões com fome.

Quando isso aconteceu tentaram, como sempre, ludibriar o povo Moçambicano. Mas os órgãos de informação Malawianos colocaram os factos pretos no branco. Em Moçambique chamavam-lhes de “turistas”. Porque há fluxo de refugiados? Isso também é guerra.

Recentemente é que o Governo reconheceu a existência de refugiados em Malawi e  enviou uma delegação para avaliar as necessidades dos refugiados moçambicanos.
Nestas últimas duas semanas, há notícias de que os homens da RENAMO tem protagonizado ataques a viaturas civis em Muxúnguè e Maringué, centro de Moçambique causando feridos entre ligeiros e graves.




3. Agravamento da Fome

43% Das crianças de 0-5 anos sofrem de desnutrição crónica, representando quase nenhum progresso desde 2008. É a conclusão do último relatório do UNICEF sobre a situação da Criança em Moçambique. Daqui há 10 anos, como estarão e quem serão estas crianças?

Por consciência, em Fevereiro de 2008 e Setembro de 2010, as cidades de Maputo e Matola foram palco de protestos violentos contra a subida do custo de vida, protagonizados por grupos de populares. Tais protestos foram logo depois replicados em algumas outras cidades do país, mas numa dimensão bem mais restrita e rapidamente controlados pelas forças policiais.

Todo o cidadão moçambicano atento, sabe a forma anárquica de como estava a ser conduzido o nosso país naquela altura e os resultados daquelas ações até hoje nós ressentimos. São eles os magnatas da nossa economia, são eles donos de grandes projetos. Dado que o poder (de decidir, de matar, de “n”) está sempre onde há mais dinheiro, replicamos a mesma logica: Matando e roubando mais o POVO e estes por sua vez cada vez mais POBRE e sem acesso a bens básicos. Isso também é guerra.

 4.  Recessão económica;
Aqui vale a pena destacar alguns dos problemas graves de que se ressente a nossa economia: (1) Depreciação do metical, (2) Descida das exportações, (3) Aumento da dívida pública, (4) Redução do investimento estrangeiro e ajuda externa e ainda (5) desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto.

Como resultado: Muitas empresas estão também em crise financeira; Atraso no pagamento de Salários; Elevação do custo de vida; Migração interna; Desemprego; etc.

5.  Contrainformação - G40

Uma Contrainformação é a ação, estratégia ou conjunto de recursos que visam neutralizar os serviços de informação do campo inimigo para impedir ou dificultar seu acesso a informação verdadeira, mediante, sobretudo, a divulgação de informações falsas[1].

Uma corrente parecida foi criada em Moçambique. O jornal Canal de Moçambique (CANALMOZ) apelidou-lhes de G40, um grupo formado por indivíduos que vinham ao público através da televisão pública, numa primeira fase, discutir ideias ou transmitir informações coloridas demais para um povo que vive a preto e branco, otimistas demais para um povo “facilmente” manipulável. Praticamente, o que eles faziam era transmitir IDEOLOGIAS de uma ala com objectivos claros:

1.     Criar Amnésia a memoria dos Moçambicanos
2.    Produzir uma consciência comum e de consenso com seus ideais;
3.    Mostrar o vilão dos acontecimentos, que sempre são os outros, etc.

Um facto curioso é que a Historia mostra-nos que os Agentes de Contrainformação apenas surgem quando um país está instável ou mesmo em guerra. O seu maior objectivo é continuar a dar legitimidade de um certo grupo no poder. Para tal, eles criam teorias conspiratórias contra os que consideram INIMIGOS.
Vejamos algumas teorias de conspiração que ocorreram durante a Guerra Fria:

1.     Assassinato de Kennedy pelo escritor Mark Lane;
2. Tentativas de desacreditar Martin Luther King, Jr. através de publicações que o retratavam como um "Uncle Tom"; etc.

Dentro do nosso país, para não citar as contrainformações recentes, poço referenciar-vos a;

1.     A Falsa Confissão de Urias Simango, como tendo vendido o país, etc.
No pretérito, acompanhamos em Moçambique Mortes de académicos, jornalistas e políticos. O que nos contaram os governantes até hoje? Quando Samora Machel Morreu, o que nos contaram os governantes? São várias as conspirações sobre estes factos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

ELES QUEREM QUE NÃO SAIBAS QUE ESTAMOS EM GUERRA

Guerra é um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados[1] utilizando-se de armas para tentar derrotar o adversário.

Um cenário como este tem-se verificado em Moçambique há, aproximadamente, 6 anos. É um conflito assente sobre os interesses políticos, mas que depois desagua em económicos. Na época Guebuziana foram centenas de rondas em conversações entre o Governo e a Renamo para dar fim aos desentendimentos mas sem sucessos. Com o novo presidente, Nyusi, tivemos as nossas luzes verdes acesas, quando este afirmou, aquando do empossamento fazer de tudo para garantir paz e segurança aos Moçambicanos pela abertura que pretendia demonstrar nos dias posteriores. Um ano depois da sua governação, estas luzes tornam-se cada vez mais ofuscadas. Os patrões de Nyusi vivem desesperados com o amanhã. Um dia dormimos bem, Outro acordamos com notícias sangrentas dando conta que, em combates armados, morreram “X” moçambicanos. Uma total incerteza.

Nesta paisagem turbulenta há um discurso que se pretende seja universal de que o que está aqui a acontecer é um Conflito político-militar. Aos ouvidos de um leigo esta frase soa linda (risos…) mas, observando através de uma lupa, percebemos logo tratar-se de uma GUERRA, mas uma guerra geo-localizada que, pode, se não haver acordos entre ELES (Governo e a Renamo), nacionalizar-se. 

Confira abaixo alguns sinais que provam de que moçambique está em Guerra;

1.  Mortes em combates Armados;

2. Fluxo de Refugiados (Veja-se que já temos milhares em Malawi);

3.  Agravamento da Fome (Subiu para 43% o numero de crianças em Moçambique que sofrem de desnutrição crónica -UNICEF);

4.  Recessão económica;

5.  Contrainformação, os considerados G40.


Agora digam vocês, porque amenizar o termo GUERRA para CONFLITO POLITICO-MILITAR? Sejam práticos nos vossos diálogos, por favor, não queremos guerra neste País... Permitam que a nossa geração Viva em Paz... POR FAVOR.
Na próxima publicação irei detalhar cada um daqueles pontos que levantei acima. Elabo Mutchapawe




[1] FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 876.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

É preciso marcar um passo HOJE


O futuro é uma palavra criada para consolar as almas sofridas e preenche-las com esperanças positivas. Mas de o que vale o futuro se nada fazes hoje? De o que vale o futuro se te guias pelo vento? De vale o futuro se não tas preparado? Futuro é uma palavra que per si não existe. Já dizia Malcom X: O futuro pertence àqueles que se preparam hoje. Visto isto à lupa percebe-se que o futuro é ilusório. Simplesmente não existe.

Cuidado quando dizes: “Amanhã farei com perfeição” enquanto repetes os mesmos erros de ontem, os mesmos vícios de ontem. Enquanto te deixas armadilhar pelas armas da distração deste mundo. Armas que tiram o teu foco e a tua “ boa“ decisão de amanhã seres melhor.

É preciso ser objetivo e seguir à risca o bom senso do teu instinto. Não te desvies. Há quem gosta que não deias atenção às coisas deste mundo, porque assim é bom para eles anarquizarem sem questionamentos dos seus “patrões” (que és tu).

Não existe futuro. Ele é um presente contínuo, o que acabaste de ler já é passado e o que vais ler é o “futuro “embora faças no presente. Vês? Não existe futuro enquanto não fazeres nada no presente. Faça alguma coisa. Deia um passo hoje. Deia um passo amanhã e depois-de-amanhã terás marcado dois passos e, talvez, chegado à alguma meta que o futuro lhe aguarda.
Votos motivacionais!  


sábado, 31 de outubro de 2015

ÁFRICA, UMA TERRA ABENÇOADA PELA NATUREZA E AMALDIÇOADA PELO HOMEM

As reservas naturais da África fazem-no em um continente muito atraente para os países dependentes de matérias-primas, exemplo a China e os Estados Unidos. Nos últimos anos, os EUA produziram uma ofensiva “comercial, diplomática e militar” com o objectivo de aumentar sua influência no continente.

A estratégia tem dois escopos: (1) garantir o acesso às fontes de energia; (2) assegurar, militarmente, as vias de transporte, permitindo a exportação das riquezas naturais.

Washington depende das matérias-primas fornecidas pela África, como o manganês (para produção de aço) o cobalto e o cromo (para as ligas, sobretudo na Aeronáutica), o ouro, o antimônio, o flúor e os diamantes industriais.

Zâmbia e Zaire têm metade do cobalto do planeta; 98% das reservas mundiais de cromo estão no Zimbábue e na África do Sul, tal como concentram 90% das reservas de metais da platina.

Mas o petróleo é a grande questão. A África Subsaariana produz mais de 4bilhões de barris por dia. A Nigéria é o principal produtor africano, seguido por Angola. O Sudão passou a exportar quando conseguiu um acordo de paz que encerrou mais de 40 anos de conflito no sul do país. E a Guiné Equatorial, com reservas recém- descobertas sob seu litoral, pode se tornar até 2020 o terceiro produtor africano de petróleo bruto.


Calcula-se que, nos próximos dez anos a produção petrolífera da África Subsaariana dobre, atingindo 10 milhões de barris ao dia. Durante esse período, o continente deve-se tornar depois do Oriente Médio, a segunda maior fonte de petróleo dos Estados Unidos. Atualmente, os Norte-americanos importam 25% do petróleo região. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O IMPACTO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO CRESCIMENTO DA "IURD"


Autor: DANIEL A. NGUETSE - Estudante de Jornalismo ECA-UEM
O CRESCIMENTO das igrejas na sociedade moçambicana, sobretudo na cidade de Maputo, é um fenómeno incontestável. Deste fenomenal crescimento das igrejas cita-se a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Esta, na sua expansão transnacional, estabeleceu-se em Moçambique nos primórdios da década de 90 do século XX, porém, regista uma expansão nos bairros da capital que superou as igrejas protestantes seculares. Em contrapartida, as actividades da IURD são severamente criticadas, mas em paralelo regista-se um crescimento surpreendente em relação ao número de locais de cultos e de crentes. Portanto, este aparente paradoxo levou-me a pensar sobre os factores que podem explicar o crescimento da IURD. Sendo estudante duma escola de comunicação, interessou-me analisar o papel dos meios de comunicação ao serviço desta igreja.

É notória a importância atribuída aos meios de comunicação na Universal. A IURD tem emissores de televisão e de rádio, um jornal de publicação mensal e um portal na Internet, colocando a igreja para o mundo. Nos seus primeiros anos em Moçambique, antes da aquisição da Rede Miramar, tinha um espaço de antena na RTK e, em 1998, comprou a Rede Miramar.

É verdade que depois da compra da Miramar verificou-se um aumento de templos da IURD na cidade-capital, mas isso não pode ser suficiente para explicar este fenómeno, olhando apenas no papel dos meios de comunicação, por duas razões. 1) quando a IURD estabeleceu-se em Moçambique, no mesmo período também, estabeleceram-se outras igrejas de origem brasileira, o caso da “Pentescostal Deus é Amor” e outras, que divulgavam suas mensagens nas mesmas condições. Entretanto, hoje praticamente já não existe; 2) actualmente, existem algumas igrejas cristãs e muçulmanas com canais televisivos, porém não tem a expansão e aderência que a IURD regista. Olhando este facto, é suficiente para concluir que a “Universal” tem uma peculiaridade.

Nos canais da IURD são frequentes as imagens de cenas de terrorismo e violência aliadas ao aumento de desemprego. Concebe-se o mundo como um campo de batalha que se expressa através da televisão. O sofrimento metaforizado na bíblia não comove tão directamente os telespectadores e fiéis, tal como apresentam o relacionamento conjugal em crise expressa em cenas de discussão, choro e desespero etc. No entanto, ao contrário das telenovelas, os dramas veiculados pela IURD não apresentam um desfecho narrativo, mas propõe ao telespectador uma solução, caso se ele procure um templo. A interactividade desenvolve-se quando o fiel ou o espectador comove-se e identifica-se com o drama transmitido e vai em busca de uma solução em um templo próximo. Com base nessas exibições, busca-se oferecer ao telespectador um refúgio ou uma explicação para essa desordem. Esta seria a estratégia “problema-reacção-solução”. Apresenta-se um problema para causar certa reacção no público e oferece-se uma solução.

Assim sendo, na minha análise, aos meios de comunicação reservo um papel secundário no crescimento da IURD, pelas razões que já apresentei. Logicamente, este pode ser um instrumento de atracção de novos membros. Ainda que se considere que alguns crentes da IURD sejam atraídos pelos programas radiofónicos e televisivos, é indiscutível que se considere como relevantes os factores que favorecem a manutenção dos crentes, ou seja, o que a Universal oferece, certamente diferente, para que os crentes voltem no dia seguinte?


Portanto, os meios de comunicação ao serviço da IURD são apenas um mecanismo de divulgação, como acrescenta Campos, um messianismo sem uma agência de notícias não dispõe dos meios para atingir o seu fim. 

sábado, 24 de outubro de 2015

VOCÊ CONHECE OS SALÁRIOS MÍNIMOS DE MOÇAMBIQUE?

Veja o gráfico abaixo e conheça os salários mínimos, distribuídos em sectores, em vigor em moçambique desde o dia 1 de Abril de 2015 até 31 de Março de 2016.


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

"JORNALISMO DE DADOS" - NOVO DESAFIO PARA OS JORNALISTAS

A prática do jornalismo tem sofrido grandes alterações a nível mundial com o advento das novas tecnologias. Introduzem-se novos conceitos e novos saberes. Por isso, aos jornalistas, requerem-se capacidades e conhecimentos diferentes. É preciso que o jornalista se deixe envolver neste mundo de novas ferramentas. É preciso não ser resistente e abrir-se rumo a aprendizagem de coisas que de facto enquadram-se no contexto em que vivemos.

Já ouviu falar de jornalismo de dados? É um tipo de jornalismo que lida com dados numéricos, pois tudo na vida pode ser traduzido em números. Um jornalista de dados não se preocupa em fazer discrições exageradas de um determinado facto. Ele é capaz de converter um mundo de informação em apenas números e a partir deles o leitor/ telespetador pode ter o conhecimento do fato de maneira rápida.

Veja a seguir o produto de uma Formação sobre o Jornalismo de Dados, do qual fiz parte, promovido pelo Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação - CEC. O mapa a seguir traduz o crescimento da internet em África. Ponha o rato por cima de um país e conheça a percentagem do uso de internet em África.

produzido por: Rogério Marques Benedito Júnior

sábado, 3 de outubro de 2015

UM VERÃO SEM ÁGUA

A temperatura na cidade de Maputo tem sido muito quente. É Setembro e é verão. Neste período quem gosta de nadar numa boa praia aproveita. Toda gente sente muito calor e a demanda pela água potável aumentou significativamente. Bebemos Mais, tomamos banho Mais, Sujamos Mais e Lavamos Mais porque transpiramos Mais. Em fim, a o valor da água aumenta nesta época. 

Nem todos estão a ter esta sorte com o verão. Os residentes dos bairros Polana Caniço “A”, Maxaquene e outros, na cidade de Maputo, estão a passar por problemas de fornecimento de água há três dias. Quer dizer, nas suas torneiras não sai, nem uma gota sequer. É uma situação difícil, ou pelo menos seria, caso não fossem estes bairros (Polana e Maxaquene) vizinhos do campus da Universidade Eduardo Mondlane - UEM.
Nestes últimos dias a UEM tornou-se numa espécie de Salvador. Que tal se não fosse a UEM? Pergunta uma senhora de, aparentemente, cinquenta anos que, na altura, carregava dois potes de vinte litros cada numa carinha de mão. Já não dá para mais! Dizia um guarda do campus quando lhe pediam permissão de cartar a água. A situação poderá agravar-se.

Diz-se que a restrição no fornecimento de água deve-se ao facto das oscilações no fornecimento de energia elétrica que, também, arrasta-se há três dias. A empresa Águas da Região de Maputo (ARM) fez um apelo aos munícipes destas urbes a criarem reservas e racionalizarem o uso da água, até que a situação seja totalmente resolvida.
Pelo que sei, os bairros que citei acima são os únicos, na cidade de maputo, que albergam um grande número de habitantes. Neste conjunto encontram-se estudantes oriundos de diversos cantos do país. As reservas usadas por maior parte das pessoas somente aguentam até dois dias dado o agregado.

A entidade responsável pela água disse em um comunicado, no primeiro dia deste fenómeno, que estão a envidar esforços para minimizar o impacto desta escassez. O que seria minimizar o impacto? Por favor, deem-nos a água de volta!

domingo, 13 de setembro de 2015

CRISE DA CIDADANIA E O PAPEL DA ESCOLA

A cidadania é a responsabilidade perante nós mesmos e perante os outros. Uma responsabilidade que se adquire pela consciência de deveres e direitos que nos impulsiona à solidariedade e à participação. A cidadania é o sentido de comunidade e de partilha. É insatisfação perante a injustiça passada pelo nosso semelhante. É a vontade de aperfeiçoar, de servir, de realizar. É espirito e capacidade de inovação de audácias de riscos. É o bom pensamento transformado em ação e a ação assente na reflexão.

Para atingirmos este nível em uma comunidade qualquer, invoca-se a intervenção da educação, aquela da escola, pois é lá onde tudo começa. A escola deve tornar os seres humanos mais livres e mais cultos, mais abertos a críticas, mais altruístas a causas nacionais e mais aptos a imaginarem o futuro. Ela, definitivamente, deve procurar formar um homem de visão.

É na escola onde ganhamos o sentido de que somos cidadãos pertencentes a uma comunidade democrática, viva, em transformação, herdeira de uma história, de uma cultura e de uma língua. A educação ensina-nos a situarmo-nos no mundo, assumindo-nos como cidadãos do universo, preocupados com o que se passa a nossa volta e mobilizados para as grandes questões da atualidade nomeadamente:

1.     A defesa do planeta e do meio ambiente
2.    Os direitos humanos
3.    A igualdade entre as mulheres e os homens
4.    O respeito pela diversidade cultural, religiosa, orientação sexual, etc
5.    O combate contra a exclusão
6.    O racismo
7.    A xenofobia

Reafirmo! É na educação onde tudo começa e tudo se prepara. É na edução que se ganha consciência de que a própria educação é um processo inacabado. É com a educação que aprendemos a estar atentos, ao que muda, aptos a interpretar os sinais de transformação e sermos capazes de inovar o que já existe. Como vemos, esta educação, transmitida em sala de aulas, deve deixar de ser quadrada, deve, isto sim, começar a preocupar-se em produzir um aluno-cidadão e não um individuo passivo. 

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