O rádio é um meio de comunicação que
para além de servir como entretenimento
para diversas pessoas durante o dia, também é muito importante no tráfego aéreo,
e nos sistemas de transporte em geral, na segurança, entre outros. A sua invenção remonta aos anos de
1600, quando William Gilbert
Inventou o electroscópio associado ao magnetismo e só termina em 1906 com a
invenção da “válvula audion”, pelo
norte-americano Lee DeForest, constituída
por filamento, placa e grade.
Com o fim da primeira Guerra Mundial, a indústria
americana Westinghouse ficou com um
grande stock de aparelhos de rádio fabricados para a guerra. Instalou-se uma
grande antena no pátio para transmitir música e, assim, nasce a radiodifusão através
da comercialização dos aparelhos[1]. Actualmente, vive-se num espaço público
com diversos meios de comunicação, dentre os quais passo a citar: Rádio,
Televisão, Jornal, Telefone e Internet. O tempo passa e as coisas mudam.
Em Moçambique, a maior parte das
famílias antigas – digo há 10 anos – tinha sempre, em sua casa, um aparelho de
rádio para manter-se actualizado, informado e entretido. O rádio era, sem
dúvidas, o melhor amigo do homem. O factor “iliteracia” e pobreza têm sido
apontados em muitos estudos, como a causa que faz com que este instrumento seja
de maior uso e acessibilidade em Moçambique, dado que parte significativa da
nossa população é analfabeta e pobre. Tendo em conta o primeiro factor, podemos
arriscar o nosso pensamento e construirmos a seguinte premissa: Quanto
mais alfabetizados formos, maior a probabilidade do desuso do rádio.
Este raciocínio parece lógico. Como
sabemos, a taxa de iliteracia tem vindo a diminuir e aumentando a taxa de
letrados. Este fenómeno cria o abandono do uso do rádio para a televisão e ou
a internet. Como explicar isso? Simples. “Numa sala de aulas constituída
por 30 estudantes na cidade de Maputo, uma professora colocou a seguinte
questão: Quem escuta rádio? Quantos têm rádio em casa? Relativamente a
primeira questão, apenas quatro afirmaram que escutavam o rádio e os restantes
26 não. Na segunda questão todos foram unânimes em dizer que não tem rádio em
casa, porém, os que disseram que escutavam, faziam-no através dos “smart
phones”. Embora todos tivessem smart phones, poucos escutavam rádio.”
Ademais, os estudantes não sabem explicar as motivações que leva-lhes a
não escutarem rádio, mesmo tendo inúmeras possibilidades de o fazer hoje em
dia. A televisão é o meio de comunicação mais acreditado, pois, todos vêem e
têm em suas casas, embora este tenha um valor de aquisição muito elevado… Como
explicar este fenómeno?
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