Muitas vezes, na vida, passamos despercebidos perante factos que, apenas, pelo alcance dos nossos olhos não podemos identificá-los. Este blogue pretende estimular o olhar além do que a realidade nos mostra. Ele propõe um olhar do mundo através do uso do nosso cérebro. "O que os olhos não vêem, o cérebro vê. O que os olhos não compreendem, o cérebro compreende".
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
sábado, 31 de outubro de 2015
ÁFRICA, UMA TERRA ABENÇOADA PELA NATUREZA E AMALDIÇOADA PELO HOMEM
As reservas naturais da África fazem-no em um continente muito atraente
para os países dependentes de matérias-primas, exemplo a China e os Estados
Unidos. Nos últimos anos, os EUA produziram uma ofensiva “comercial,
diplomática e militar” com o objectivo de aumentar sua influência no
continente.
A estratégia tem dois escopos: (1)
garantir o acesso às fontes de energia; (2)
assegurar, militarmente, as vias de transporte, permitindo a exportação das riquezas
naturais.
Washington depende das matérias-primas fornecidas pela África, como o
manganês (para produção de aço) o cobalto e o cromo (para as ligas, sobretudo
na Aeronáutica), o ouro, o antimônio, o flúor e os diamantes industriais.
Zâmbia e Zaire têm metade do cobalto do planeta; 98% das reservas mundiais
de cromo estão no Zimbábue e na África do Sul, tal como concentram 90% das
reservas de metais da platina.
Mas o petróleo é a grande questão. A África Subsaariana produz mais de
4bilhões de barris por dia. A Nigéria é o principal produtor africano, seguido
por Angola. O Sudão passou a exportar quando conseguiu um acordo de paz que
encerrou mais de 40 anos de conflito no sul do país. E a Guiné Equatorial, com
reservas recém- descobertas sob seu litoral, pode se tornar até 2020 o terceiro
produtor africano de petróleo bruto.
Calcula-se que, nos próximos dez anos a produção petrolífera da África
Subsaariana dobre, atingindo 10 milhões de barris ao dia. Durante esse período,
o continente deve-se tornar depois do Oriente Médio, a segunda maior fonte de
petróleo dos Estados Unidos. Atualmente, os Norte-americanos importam 25% do petróleo
região.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
O IMPACTO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO CRESCIMENTO DA "IURD"
Autor: DANIEL A. NGUETSE - Estudante de Jornalismo ECA-UEM |
O CRESCIMENTO das
igrejas na sociedade moçambicana, sobretudo na cidade de Maputo, é um fenómeno
incontestável. Deste fenomenal crescimento das igrejas cita-se a Igreja
Universal do Reino de Deus (IURD). Esta, na sua expansão transnacional,
estabeleceu-se em Moçambique nos primórdios da década de 90 do século XX, porém,
regista uma expansão nos bairros da capital que superou as igrejas protestantes
seculares. Em contrapartida, as actividades da IURD são severamente criticadas,
mas em paralelo regista-se um crescimento surpreendente em relação ao número de
locais de cultos e de crentes. Portanto, este aparente paradoxo levou-me a
pensar sobre os factores que podem explicar o crescimento da IURD. Sendo
estudante duma escola de comunicação, interessou-me analisar o papel dos meios
de comunicação ao serviço desta igreja.
É notória a importância
atribuída aos meios de comunicação na Universal. A IURD tem emissores de
televisão e de rádio, um jornal de publicação mensal e um portal na Internet,
colocando a igreja para o mundo. Nos seus primeiros anos em Moçambique, antes da
aquisição da Rede Miramar, tinha um espaço de antena na RTK e, em 1998, comprou
a Rede Miramar.
É verdade que depois da
compra da Miramar verificou-se um aumento de templos da IURD na cidade-capital,
mas isso não pode ser suficiente para explicar este fenómeno, olhando apenas no
papel dos meios de comunicação, por duas razões. 1) quando a IURD
estabeleceu-se em Moçambique, no mesmo período também, estabeleceram-se outras igrejas
de origem brasileira, o caso da “Pentescostal Deus é Amor” e outras, que divulgavam
suas mensagens nas mesmas condições. Entretanto, hoje praticamente já não existe;
2) actualmente, existem algumas igrejas cristãs e muçulmanas com canais
televisivos, porém não tem a expansão e aderência que a IURD regista. Olhando
este facto, é suficiente para concluir que a “Universal” tem uma peculiaridade.
Nos canais da IURD são
frequentes as imagens de cenas de terrorismo e violência aliadas ao aumento de
desemprego. Concebe-se o mundo como um campo de batalha que se expressa através
da televisão. O sofrimento metaforizado na bíblia não comove tão directamente
os telespectadores e fiéis, tal como apresentam o relacionamento conjugal em
crise expressa em cenas de discussão, choro e desespero etc. No entanto, ao
contrário das telenovelas, os dramas veiculados pela IURD não apresentam um
desfecho narrativo, mas propõe ao telespectador uma solução, caso se ele
procure um templo. A interactividade desenvolve-se quando o fiel ou o
espectador comove-se e identifica-se com o drama transmitido e vai em busca de
uma solução em um templo próximo. Com base nessas exibições, busca-se oferecer
ao telespectador um refúgio ou uma explicação para essa desordem. Esta seria a
estratégia “problema-reacção-solução”. Apresenta-se
um problema para causar certa reacção no público e oferece-se uma solução.
Assim sendo, na minha
análise, aos meios de comunicação reservo um papel secundário no crescimento da
IURD, pelas razões que já apresentei. Logicamente, este pode ser um instrumento
de atracção de novos membros. Ainda que se considere que alguns crentes da IURD
sejam atraídos pelos programas radiofónicos e televisivos, é indiscutível que
se considere como relevantes os factores que favorecem a manutenção dos
crentes, ou seja, o que a Universal
oferece, certamente diferente, para que os crentes voltem no dia seguinte?
Portanto, os meios de
comunicação ao serviço da IURD são apenas um mecanismo de divulgação, como
acrescenta Campos, um messianismo sem uma agência de notícias não dispõe dos
meios para atingir o seu fim.
sábado, 24 de outubro de 2015
VOCÊ CONHECE OS SALÁRIOS MÍNIMOS DE MOÇAMBIQUE?
Veja o gráfico abaixo e
conheça os salários mínimos, distribuídos em sectores, em vigor em moçambique
desde o dia 1 de Abril de 2015 até 31 de Março de 2016.
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
"JORNALISMO DE DADOS" - NOVO DESAFIO PARA OS JORNALISTAS
A prática do jornalismo tem sofrido grandes alterações a nível
mundial com o advento das novas tecnologias. Introduzem-se novos conceitos e
novos saberes. Por isso, aos jornalistas, requerem-se capacidades e
conhecimentos diferentes. É preciso que o jornalista se deixe envolver neste
mundo de novas ferramentas. É preciso não ser resistente e abrir-se rumo a
aprendizagem de coisas que de facto enquadram-se no contexto em que vivemos.
Já ouviu falar de jornalismo de dados? É um tipo de
jornalismo que lida com dados numéricos, pois tudo na vida pode ser traduzido
em números. Um jornalista de dados não se preocupa em fazer discrições
exageradas de um determinado facto. Ele é capaz de converter um mundo de informação
em apenas números e a partir deles o leitor/ telespetador pode ter o conhecimento
do fato de maneira rápida.
Veja a seguir o produto de uma Formação sobre o Jornalismo de Dados, do qual fiz parte, promovido
pelo Centro de Estudos Interdisciplinares de Comunicação - CEC. O mapa a seguir
traduz o crescimento da internet em África. Ponha o rato por cima de um país e conheça
a percentagem do uso de internet em África.
produzido por: Rogério Marques Benedito Júnior
sábado, 3 de outubro de 2015
UM VERÃO SEM ÁGUA
A
temperatura na cidade de Maputo tem sido muito quente. É Setembro e é verão.
Neste período quem gosta de nadar numa boa praia aproveita. Toda gente sente
muito calor e a demanda pela água potável aumentou significativamente. Bebemos Mais,
tomamos banho Mais, Sujamos Mais e Lavamos Mais porque transpiramos Mais. Em fim,
a o valor da água aumenta nesta época.
Nem
todos estão a ter esta sorte com o verão. Os residentes dos bairros Polana Caniço
“A”, Maxaquene e outros, na cidade de Maputo, estão a passar por problemas de
fornecimento de água há três dias. Quer dizer, nas suas torneiras não sai, nem
uma gota sequer. É uma situação difícil, ou pelo menos seria, caso não fossem
estes bairros (Polana e Maxaquene) vizinhos do campus da Universidade Eduardo
Mondlane - UEM.
Nestes
últimos dias a UEM tornou-se numa espécie de Salvador. Que tal se não fosse a
UEM? Pergunta uma senhora de, aparentemente, cinquenta anos que, na altura,
carregava dois potes de vinte litros cada numa carinha de mão. Já não dá para
mais! Dizia um guarda do campus quando lhe pediam permissão de cartar a água. A
situação poderá agravar-se.
Diz-se que a restrição no
fornecimento de água deve-se ao facto das oscilações no fornecimento de energia
elétrica que, também, arrasta-se há três dias. A empresa Águas da Região de Maputo (ARM) fez um apelo aos munícipes
destas urbes a criarem reservas e racionalizarem o uso da água, até que a
situação seja totalmente resolvida.
Pelo que
sei, os bairros que citei acima são os únicos, na cidade de maputo, que albergam um grande número de
habitantes. Neste conjunto encontram-se estudantes oriundos de diversos cantos
do país. As reservas usadas por maior parte das pessoas somente aguentam até
dois dias dado o agregado.
A entidade
responsável pela água disse em um comunicado, no primeiro dia deste fenómeno,
que estão a envidar esforços para minimizar o impacto desta escassez. O que
seria minimizar o impacto? Por favor, deem-nos a água de volta!
domingo, 13 de setembro de 2015
CRISE DA CIDADANIA E O PAPEL DA ESCOLA
A cidadania é a
responsabilidade perante nós mesmos e perante os outros. Uma responsabilidade
que se adquire pela consciência de deveres e direitos que nos impulsiona à solidariedade
e à participação. A cidadania é o sentido de comunidade e de partilha. É
insatisfação perante a injustiça passada pelo nosso semelhante. É a vontade de
aperfeiçoar, de servir, de realizar. É espirito e capacidade de inovação de
audácias de riscos. É o bom pensamento transformado em ação e a ação assente na
reflexão.
Para atingirmos este nível
em uma comunidade qualquer, invoca-se a intervenção da educação, aquela da
escola, pois é lá onde tudo começa. A escola deve tornar os seres humanos mais
livres e mais cultos, mais abertos a críticas, mais altruístas a causas
nacionais e mais aptos a imaginarem o futuro. Ela, definitivamente, deve
procurar formar um homem de visão.
É na escola onde ganhamos
o sentido de que somos cidadãos pertencentes a uma comunidade democrática,
viva, em transformação, herdeira de uma história, de uma cultura e de uma
língua. A educação ensina-nos a situarmo-nos no mundo, assumindo-nos como
cidadãos do universo, preocupados com o que se passa a nossa volta e
mobilizados para as grandes questões da atualidade nomeadamente:
1. A
defesa do planeta e do meio ambiente
2. Os
direitos humanos
3. A
igualdade entre as mulheres e os homens
4. O
respeito pela diversidade cultural, religiosa, orientação sexual, etc
5. O
combate contra a exclusão
6. O
racismo
7. A
xenofobia
Reafirmo!
É na educação onde tudo começa e tudo se prepara. É na edução que se ganha
consciência de que a própria educação é um processo inacabado. É com a educação
que aprendemos a estar atentos, ao que muda, aptos a interpretar os sinais de transformação e sermos capazes de inovar o que já existe. Como vemos, esta
educação, transmitida em sala de aulas, deve deixar de ser quadrada, deve, isto
sim, começar a preocupar-se em produzir um aluno-cidadão e não um individuo
passivo.
sábado, 29 de agosto de 2015
ELES FALARÃO E CALAR-SE-ÃO
“Vivemos numa sociedade,
em que somos obrigados a ser mudos mesmo com a boca e o cérebro em actividade”

Vida! Quem de nós tem o
direito de acabar com a vida do outrem? A resposta pode ser “ninguém”. Sabemos que
existem os que mesmo na terra, sendo eles seres finitos, tem o “direito” de
tirar a vida de quem apenas pensa e expressa-se diferente.
Eles querem que sejamos
massa! Como se diz
na América do norte: Ser diferente é indecente. A massa arrasta tudo o que é
diferente, egrégio, individual, qualificado e selecto. Quem não for como toda a
gente, quem não pensar como toda a gente, corre o risco de ser eliminado.[1]
Mas
aqui tem um problema: pensar como toda a gente? Que toda a gente é essa? Abrindo
um pouco o cérebro compreenderemos que “toda a gente” é a elite minoritária,
que usando do seu poder influencia comportamentos numa espécie de two-step flow of comunication.
Vale
mais ficar só no pensamento? Se quando falamos posemos a nossa única riqueza – vida – em risco. Parece impossível ficar-se
só no pensamento porque a natureza de todo homem assenta na comunicação, pois
ele não vive em uma ilha solitária.
Matemos!
- Ordenam eles. E o povo? – A consciência lhes pergunta. O povo? Que povo? Este
que conheço? Eles vão falar tantos “blablás” e em pouco tempo esquecer-se-ão. Enquanto
isso, serve de alerta para todos os que se expressam diferente! Serão carne de
canhão, eis o destino.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
QUANDO A CRÍTICA NÃO TEM ESPAÇO

Quando o nosso amigo pouco
elogia e muito critica, somos, muitas vezes avesso ao seu comportamento, mas
quando acontece o contrário a amizade apresenta sintomas de uma duração por
muitos e longos anos. Parece que o “bajulismo”[1]
agrada-nos mais e o “frontalismo” menos ou nada agrada. Qual é a consequência
desta tendência comportamental? – O conformismo.
Alguns teóricos dizem de
forma clara que a crítica, em todas as suas acepções, é, por si só, fundamental
para o progresso qualitativo da individualidade e da colectividade. Quer dizer,
uma sociedade que vive sem a crítica quase ou nada sabe das suas falhas e dos
seus sucessos. Tornando-se refém dos erros do passado e do futuro. O mesmo
acontece com o individuo.
Aceitar uma crítica é o
mesmo que abrir uma porta para o sucesso. Aceitar uma crítica é permitir que os
outros sejam o espelho onde revês se estás ou não lindo, ajustado, no caminho certo, etc. É claro que nem todas as
críticas são bem-vindas para o nosso progresso, algumas vem com intenções de
limitar a nossa bulimia ao crescimento. Por isso, casos há em que devemos
ceifar e selecionar entre o joio e o trigo – o que levar comigo?
Os que deviam ser
mais críticos em uma sociedade são os Jornalistas,
por esta razão alguns autores dizem ser necessário
que estes tenham liberdade para comentar a realidade, orientando seus leitores,
ouvintes ou telespectadores.
Infelizmente, entretanto, não é sempre assim, nem mesmo em
países mais desenvolvidos. Basta lembrarmos a demissão do jornalista Peter Arnett, em 2004, nos Estados
Unidos de América – EUA, por ter criticado a invasão do Iraque. E o que dizer dos países subdesenvolvidos?
O denominador
comum nesse tipo de países é; Vários exemplos
de jornalistas que por enveredarem por este caminho de “críticos” e “vigilantes
sérios” acabaram, de algum modo, por ser silenciados. O silenciamento pode
percorrer caminhos bélicos e até mesmo falso-apaziguadores. Não são apenas
jornalistas, também académicos “críticos” demonstram ter sucesso fugaz!
Um pensador, do qual tenho enorme respeito, Tácito, diz o
seguinte: Quem se irrita
com as críticas está a reconhecer que as merece.
Por isso pergunto uma vez mais, sentes-te tu à vontade perante uma crítica? Ou seja
és receptivo a críticas? Se a resposta para estas perguntas forem SIM, parabéns!
quinta-feira, 30 de julho de 2015
CONSERVEMOS OS NOSSOS PATRIMÓNIOS!
Moçambique não é rico
apenas pela existência de diversos recursos minerais. Moçambique não é rico
apenas porque tem uma diversidade cultural significativa e invejável.
Moçambique não é rico apenas pelas belas paisagens e praias. Moçambique é também
rico pela existência de muitos monumentos e lugares casados com a sua história.
E é sobre lugares históricos que esta publicação é dirigida.
![]() |
Entrada para o Buraco dos Assassinatos |
Na semana passada, o olho
do cérebro, deu umas voltas à cidade de Inhambane, Província do mesmo nome. De lá
ficou a dentro da existência de inúmeras referências obrigatórias da nossa história.
Acabou por interessar-se em: Buraco dos assassinatos, Vitrina
das ossadas e a Casa onde foi aprovada a primeira
constituição da então República Popular de Moçambique. Não é
maravilhoso?
Os dois primeiros lugares
localizam-se em Tofinho e o terceiro localiza-se na Praia de Tofo.
Conta-se que o buraco dos mortos é um lugar onde, na era colonial, os
moçambicanos desconfiados de estarem filiados a FRELIMO eram torturados até revelarem.
Caso revelassem ou não, estes eram ali abandonados ainda vivos amarrados em
sacos, morrendo, posteriormente. Este acto era feito no período noturno até que
um dia um grupo de marinheiros viu do alto mar um candeeiro aceso na crosta
terrestre. Curiosos, os marinheiros aproximaram-se e descobriram que tratava-se
de um buraco onde continham centenas de mortos.
![]() |
Buraco dos assassinatos_Tofinho_Inhambane |
Após a independência de
Moçambique, os ossos dos moçambicanos mortos naquele buraco foram guardados num
lugar que hoje se chama vitrina das
ossadas. Infelizmente, nos dias que correm, os ossos já não se encontram na
vitrina. De acordo com populares, estes ossos foram roubados por um grupo de
curandeiros para fins até hoje desconhecidos.
Um outro lugar de referência
em Inhambane é a casa onde foi aprovada a primeira constituição da então República
Popular de Moçambique. Este lugar foi alertado em meados de 2012 pelo
ex-presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, a necessidade de
preservação e valorização. Porém, a sua localização choca um pouco com o
respeito e veneração de que se devia ter, pois, pelos lados deste edifício existem
barracas de bebedeira, tornando-o quase “insignificante” aos olhos de quem
passa por ali.
Se hoje, o olho do cérebro
teve a oportunidade de conhecer estes lugares é porque houve conservação. Então
conservação deve ser a palavra de ordem para os nossos patrimónios históricos para
que hoje, amanhã e depois de amanhã os moçambicanos conheçam marcas físicas da
sua história, evitando por isso ficar na abstração daquilo que os livros nos
ensinam. Nada é mais emocionante que viver a história em contacto com o lugar
do acontecimento.
Marcadores:
Buraco dos Assassinatos,
Constituição da republica de Moçambique,
Inhambane,
Praia de Tofo,
Tofinho,
Vitrina das Ossadas
Local:
Maputo, Mozambique
domingo, 5 de julho de 2015
AS DIFERENÇAS FAZEM O MUNDO MELHOR
Esquecem-se eles que, os
seus ethos,
na medida em que procura universalizar-se encontra resistências em territórios
diferentes da sua origem. Sendo assim,
eles forçam-nos de forma maquiavélica a aceitar de que aquilo que pensam é a
verdade universal. E este esforço quando encontra um terreno difícil de
penetrar, usam qualquer meio para atingir os seus fins, gerando conflito em
toda a sua dimensão.
Porquê é as pessoas pensam
que todos devem ser cristãos? Ou então Muçulmanos? Porquê queremos sempre puxar
os outros a corroborarem com nossas ideologias pensando que somos os mais corretos?
Que garantias temos da nossa exatidão? Porquê certas raças pensam ser espelho
das outras? Que graça teria o mundo se todos vestíssemos, falássemos e pensássemos
iguais?... Sobre este assunto as perguntas são infindas.
Dois exemplos que podem
elucidar esta problemática são seguintes:
1- Imaginemos
uma sala de aulas onde os estudantes na sua maioria vêm de diferentes regiões de
uma nação. Nela existem dois de região A, quatro de região B e nove de Região C.
O mais provável é que estes não se vão misturar. Criarão grupinhos através da
semelhança de língua, costumes, etc. Isto ilustra a nossa incapacidade de
convivermos com os diferentes.
2- As
religiões estão sempre em embates frenéticos frequentes porque todos querem
puxar a galinha para a sua brasa. Se eu sou cristão penso que a minha religião
é a melhor, levando-me a ir convencer um muçulmano a tornar-se cristão. Vice-versa.
Em que medida uma determinada religião deve ser considerada universal?
Comecemos a aceitar os
outros como são. Aprendamos a conviver com as diferenças. Chega de criar
grupinhos. Chega também de pensar que somos os mais certos que os outros. Lembre-se
que o mundo tem mais de 3000 anos, e nele já passaram centenas de gerações.
Finalmente proponho uma sabedoria assente na aceitação das diferenças para que
o mundo seja, de facto, um lugar livre de intrigas e conflitos, livre de preconceitos,
livre de injustiças, um lugar agradável de se viver.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
CONFLITO RELIGIOSO OU CONFLITO ENTRE RELIGIÕES?
No Líbano o Islão luta
contra os cristãos marronitas; em Israel, contra os judeus; em Caxemira contra
os hindus; na Nigéria, contra os cristãos católicos e os protestantes; na Somália
e no Sudão, contra os cristãos evangélicos; na Etiópia, contra cristãos coptas;
no Báltico e na antiga União Soviética, contra os cristãos ortodoxos; no Paquistão,
contra a pequena minoria cristã; na Indonésia, contra os cristãos timorenses;
na Europa e na América, contra cristãos, os judeus e os secularistas (Louis
Pojman; p30)[1]
Este parágrafo parece
tendencioso na medida em que demonstra uma unilateralidade dos conflitos até
aqui considerados como “religiosos”.
Mas serão eles efetivamente religiosos? Penso que não, ora vejamos.
A
luz da gramática da língua portuguesa, a frase: “conflitos Religiosos” é
bastante contraditória. O termo conflito é o substantivo e o religioso
é o adjetivo, portanto a variável
que caracteriza o significado dos substantivos. Em suma a frase
remete-nos a um conflito que assume características religiosas, enquanto a
ideia é fazer entender que trata-se de um conflito protagonizado por religiões. Então o
que é ser religioso?
Conforme o Dicionário Michaelis,
religioso é um termo Pertencente ou relativo à religião: Ensino religioso. Que
procura viver de acordo com os preceitos da religião. Sagrado, santo. Ascético,
místico. Austero, profundo. Escrupuloso, exato, pontual, observador,
fiel. Aquele que teme a Deus e procura fazer a sua vontade.
Chegando a esta parte volto
a fazer a mesma questão: São os conflitos religiosos?
[1] Um excerto retirado do livro intitulado “ terrorismo, direitos humanos
e a apologia do governo mundial
VOCÊ SABIA?
Que em muitos países muçulmanos, como no Irão e na Arabia
Saudita, se alguém se converter a outra religião, por exemplo ao cristianismo
ou à fé bahá’í, essa pessoa será executada, assim como o agente que funcionou
como instrumento da conversão?
segunda-feira, 22 de junho de 2015
A PALAVRA
Eu nasci antes dos homens
(era verbo e o verbo se fez homem), e depois com os homens, entretanto, há
muitos anos. Sempre caminhei junto ao homem, sem eles eu não existiria e sem
mim eles não se comunicariam, na verdade somos dependentes um do outro
incondicionalmente.
Eu posso ser expressa
através de varias maneiras, pela voz, pelos desenhos, pelos gestos e muito
mais. Eu sou e existo em tudo quanto é canto. Eu sou todo o comportamento teu.
Obrigado por me tornares explicito neste mundo em que muitos preferem ser
implícitos comigo.
Nostalgia_Poemas from Rogério Marques Júnior
sábado, 13 de junho de 2015
RESUMO DO FILME "O ABUTRE": Recomendado para os jornalistas
O Abutre, com título original: Nightcrawler é um filme policial americano com drama e suspense, escrito e
dirigido por Dan Gilroy. Jake Gyllenhaal é o protagonista
do filme, que na peça identifica-se por Louis Bloom. Foi
lançado em 17 de Outubro de 2014 pela Open Road Films e conta a história de um jovem que, depois de tantas
tentativas de entrar pelo mundo de emprego formal, decide enveredar pelo
jornalismo criminal independente. Para tal, Louis Bloom corre, diariamente, em
busca de registar crimes e acidentes a fim de vender para os veículos
interessados.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
NOVOS MEDIA E AS RELAÇÕES EXTERIORES
O advento dos novos Media
alterou praticamente todos os aspectos da nossa sociedade. E, a política
externa não fica para trás. Actualmente acostumamo-nos a receber notícias e
comentários a partir de novas fontes – o espaço virtual em forma de tweets,
atualizações do Facebook, blogs, etc. - Além da media tradicional. Isto implica
menos controlo sobre o fluxo e fonte de informação.
O jornalismo cidadão está
tomando destaque e fazendo passos na nova paisagem da media. Com isso, o acesso
à informação tornou-se mais fácil, especialmente em países onde a Internet não
é restrita. Isto significa que os países também têm que mudar a maneira como
eles se relacionam com outros países.
Claro que houve efeitos
negativos. Mas, também temos visto alguns dos principais desenvolvimentos e
melhorias em termos de resposta aos desafios que se abatem sobre a humanidade
nesta era digital. As Relações internacionais mudaram com o aparecimento de
novos meios de comunicação. Essas mudanças trouxeram campanhas hashtag
que transcenderam as fronteiras e a burocracia.
Um bom exemplo de lembrar
é a ameaça à segurança e ao terrorismo colocada pelo Boko Haram na Nigéria.
Quando esses terroristas sequestraram mais de 200 alunas a campanha #BringBackOurGirls
ecoou dentro e fora da Nigéria, incluindo o envolvimento de Michelle Obama, a
primeira-dama dos Estados Unidos da América. Se novos meios de comunicação, em
forma de tweets e hashtags, levam a soluções é outra questão. Mas é óbvio que a
diplomacia na era digital tornou-se globalizada.
O activismo em Direitos
humanos do grupo de blogueiros “zona 9” (que atualmente estão detidos e prestes
a enfrentar julgamento na Etiópia) tem sido fundamentais para chamar a uma
postura sólida da comunidade internacional em garantir a democratização e a
liberdade de expressão para impulsionar o desenvolvimento na Etiópia.
O uso de blogs como uma
ferramenta para destacar uma questão de interesse nacional e chamar a atenção
da comunidade de agir é um indicador da crescente influência da mídia social em
política externa. Esse é o poder do poder na era digital. A velocidade com que
a informação é difundida é mais significativa do que a mídia tradicional.
O uso dos Media sociais
para campanhas contra a injustiça e a corrupção continua a desempenhar um papel
fundamental na sua erradicação. Pode não haver resposta imediata a estes
problemas sociais globais, mas um pouco de persistência, por parte dos activistas,
pode gradualmente trazer a mudança que queremos ver. A medida em que as informações
estiverem postadas online nas redes sociais transformam-se em uma génese de uma
melhor aplicação da política externa.
Adaptado por Rogério
Marques do Autor Charles Mensah - blogueiro baseado em Gana.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
VIDAS DIVIDIDAS - UMA PROPOSTA LITERARIA
"...Como alguns e algumas a
Magui nasceu numa família residente em DOMELA, um nome que acordando a língua
local, na sua tradução em português significa “Coisas que Crescem”. Pela
simplicidade humildade e pura realeza vivia a família da Magui. Mergulhando o sentimentalismo
e o humanismo nas descendentes. Magui era ordinalmente terceira e penúltima
filha de casa, caracterizada pela criatividade, buscadora de soluções, activa e
muitas outras características que a faziam ser desigual das outras..."
Leia na itegra AQUI
segunda-feira, 27 de abril de 2015
O QUE MUDOU NO MUNDO REAL?
No século passado, o
homem inventou a internet impulsionando a um patamar elevado o fenómeno de
globalização que começou ha centenas de anos quando ele domesticou o cavalo e
inventou a roda, mais tarde o automóvel, o avião, etc. Conhecendo, por isso, os
mais dilatados espaços terrestres.
Entretanto, no mundo real
mudou tudo. Era grande é agora pequeno. Era desconhecido, é devassado. Era fraccionado,
intercomunica, quando não se funde. As fronteiras abatem-se. As cancelas
franqueiam-se. As migrações sucedem-se. Os Antípodas avizinham-se. As
informações massificam-se. As culturas interpenetram-se. As cidadanias
sobrepõem-se. Os fluxos turísticos espairam-se. Os consumos repetem-se. Os
hábitos mimetizam-se. Os espectáculos difundem-se. As línguas divulgam-se. As
televisões imitam-se. As identidades retraem-se. As trocas libertam-se. Os
mercados integram-se. Os valores apagam-se. As personalidades copiam-se. As diferenças
nivelam-se.
Estas mudanças apelam à
uma unicidade de tudo aquilo que outrora estava disperso. Propiciando assim,
uma inteligência colectiva e uma cultura participativa no grau superlativo
absoluto sintético. Os tempos são outros, convém a reestruturação das nossas
sociedades. Será que o conceito de “isto é meu e de mais ninguém” vale a
pena hoje?
segunda-feira, 20 de abril de 2015
CINCO MEIOS DE COMUNICAÇÃO E CINCO DATAS MARCANTES

IMPRENSA
|
|
Data
|
Acontecimento
|
1440-1445
|
Gutemberg põe a
funcionar, em Mayence, a sua máquina de imprimir
|
1605 ou 1609
|
Nascimento do primeiro semanário conhecido,
Estamburgo, Relation: Aller Funemmen
und gedenckwurdingeen…
|
1660
|
Criação do primeiro
Jornal diário do mundo, o alemão Leipziger
Zeitung.
|
1847
|
La Presse, jornal diário
fundado em Paris, em 1836, por Émile Girardin, utiliza a rotativa aperfeiçoada
por Marinoni
|
1993
|
San Jose Mercury News, Jornal diario da California, abre o primeiro sitio de
internet na Web.
|
CINEMA
|
|
1895
|
Auguste e Louis Lumière
registam a patente do cinematógrafo e rodam os seus primeiros filmes, La Sortie des Usines. Lumière e L’Arrivée
d’un train en gare de La Ciotat. Em 28 de Dezembro tem lugar a primeira
projecção pública no Grand Café,
nomeadamente com o primeiro gag do
cinema: L’Arroseur arrosé
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1927
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Primeiro filme falado e
cantado, O Cantor de Jazz, produzido
pelos irmãos Warner. Nascimento das actualidades filmadas, com o voo transatlântico
de Charles Lindbergh
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1937
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Invenção do Technicolor.
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1952
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Realização do The Robe, primeiro filme em cinemascópio.
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1995
|
Primeiro filme realizado
em desenhos animados e em três dimensões, Toy
Story, do americano Jhon Lasseter e produzido pela Disney
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RÁDIO
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1896
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Guglielmo Marconi regista na Grã-Bretanha a patente da
telegrafia sem fios sem fios, antepassado da rádio.
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1917
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A Revolução Russa é anunciada ao mundo pela TSF – Telegrafia Sem
Fio.
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1922
|
Criação, em França, da primeira estação privada, Radiola, por
Émile Girardeau.
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1935
|
Edwin Armstrong põe em prática a modulação de frequência.
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1940
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Em 18 de Junho, apelo do general de Gaulle pela BBC: “A chama
da resistência não se apaga, nem se apagará”.
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TELEVISÃO
|
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1936
|
Transmissão dos jogos olímpicos
de Berlim nas grandes cidades alemãs.
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1948
|
Final da volta à França
em bicicleta transmitida em directo por duas câmaras
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1949
|
Criação, em França, do
primeiro canal de televisão com a emissão de um jornal diário
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1952
|
Primeira transmissão directa
internacional por ocasião da coroação da Rainha Isabel II.
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1968
|
Inicio das vendas dos
televisores a cores para a transmissão dos Jogos Olímpicos de Grenoble.
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INTERNET
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1973
|
O francês Francis
Gernelle o primeiro microcomputador do mundo: O Micral
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1981
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Lançamento da telemática
francesa, a Minitel. Comercialização do primeiro PC do IBM
|
1984
|
Comercializacao do CD áudio
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1994
|
Lançamento nos Estados
Unidos do Pacote Digital de televisão por satélite (Direct TV), com serviços interactivos.
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1999
|
Começa a pensar-se na
substituição do gravador de vídeo por um disco Duro, num televisor, para
gravar programas pré-seleccionados.
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