Moçambique é um país com
cerca de 20 069 738
habitantes de acordo com o senso de 2007 e destes estima-se que 1.500.000 são portadores de deficiência.
No
entanto este grupo de indivíduos, na sua maioria, tem uma participação ínfima
nos domínios da vida politica, social, económica, cultural, etc. dado que, variadíssimos
factores concorrem, literalmente, para a sua exclusão.
* Os deficientes visuais encaram diversas
dificuldades na área de educação, pois as bibliotecas públicas, bem como
privadas não oferecem livros no sistema de código Braille. Sendo assim,
torna-se difícil, para eles, a leitura de manuais.
Há quem pode dizer que a
tecnologia é a solução para este problema porque hoje temos softwares
sofisticados com inteligência suficiente para ler os ficheiros digitais. Não
nego esta premissa, porem é preciso questionar quantos cegos possuem e sabem
manejar o computador? Será que todos os livros de que precisam estão
devidamente digitalizados?
* Temos escassez de professores capacitados a
ensinar um deficiente, sobretudo auditivo e visual. Proponho que as Universidades
com a inclinação pedagógica reformulassem o currículo e procurassem integrar
técnicas de ensino a pessoas portadoras de deficiência. As escolas e sistemas de educação
precisam ser transformados para atender às necessidades individuais de todos os
educandos. Quantos professores recentemente formados estão
habilitados a ensinar um cego? Um mudo?
* Os nossos edifícios tem sido, também, um
calcanhar de Aquiles para muitos paralíticos… sem querer tocar a questão dos
transportes… Parecem pequenos problemas, mas se reflectirmos iremos compreender
que os efeitos deles advindos são de grande impacto na negativa. Participação
Inclusiva é uma realidade ainda distante no contexto moçambicano. Precisamos
repensar!
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