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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Desenvolvimento Africano em Crise



A marcha para um desenvolvimento sustentável nos países Africanos é, definitivamente, ainda muito longa e, arrisco-me a dizer que tudo o que temos feito em nome do desenvolvimento é, apenas, um rascunho à lápis que basta uma borracha para apagar. Quando se desenham as estratégias parece que não se procura observar a sustentabilidade a longo prazo. Portanto, neste capítulo e em muitos outros a seriedade é um elemento escasso.

Aqui é muito fácil, em consequência da ignorância colectiva que nos caracteriza, ficarmos satisfeitos por coisas como, por exemplo, abertura de um novo furo de água, inauguração de uma nova estrada, abertura de nova escola, construção de um novo hospital, etc. O problema é que a abordagem que se utiliza nisto é aquela assente em pressupostos quantitativos e não qualitativos, isto é, não se pensa em infraestruturas para o futuro. Não se pensa em prover serviços com altos padrões de qualidade. O importante é, no fim, dizer que fizemos.

Olha para a forma desorganizada como as nossas cidades crescem? Olha como a expansão dos serviços públicos são feitos? Olha para a qualidade dos serviços e das infraestruturas? Olha o lixo em volta ao luxo? Olha para a forma desenfreada da exploração dos recursos naturais e a insegurança que isto cria? Olha para os altos níveis de desemprego juvenil? Olha para o comportamento dos servidores públicos? Olha para a corrupção generalizada? Olha para as taxas de pobreza? Olha para a segurança alimentar? Etc.

Muitos líderes Africanos, eles próprios, são os primeiros a atestarem a ideia de que os serviços públicos do país onde ele morra e lidera são péssimos. Em caso de um mau estar, correm para tratar-se, maioritariamente, em países de outros continentes ajudando, como é evidente, a engordar as suas economias. Os seus filhos não estudam em escolas públicas do seu país. As suas contas bancárias chorudas estão também fora do continente... Em fim.

O que se pode aprender com isto é que os líderes africanos tem plena consciência de que as infraestruturas e serviços do seu país são de baixa qualidade. Eles, também, têm ideia de como um serviço de qualidade se parece, ou seja, tem referências. Já que não podemos inventar a roda, quão difícil é importarmos e adotarmos estes modelos em África? Quão difícil é inspirar um modelo de liderança inclusiva e, verdadeiramente, interessada com o bem-estar de todos? Quão difícil é inspirar um modelo de liderança coerente com os princípios africanos? Quão difícil é...?




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