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quinta-feira, 30 de julho de 2015

CONSERVEMOS OS NOSSOS PATRIMÓNIOS!


Moçambique não é rico apenas pela existência de diversos recursos minerais. Moçambique não é rico apenas porque tem uma diversidade cultural significativa e invejável. Moçambique não é rico apenas pelas belas paisagens e praias. Moçambique é também rico pela existência de muitos monumentos e lugares casados com a sua história. E é sobre lugares históricos que esta publicação é dirigida.

Entrada para o Buraco dos Assassinatos
Na semana passada, o olho do cérebro, deu umas voltas à cidade de Inhambane, Província do mesmo nome. De lá ficou a dentro da existência de inúmeras referências obrigatórias da nossa história. Acabou por interessar-se em: Buraco dos assassinatos, Vitrina das ossadas e a Casa onde foi aprovada a primeira constituição da então República Popular de Moçambique. Não é maravilhoso?

Os dois primeiros lugares localizam-se em Tofinho e o terceiro localiza-se na Praia de Tofo. Conta-se que o buraco dos mortos é um lugar onde, na era colonial, os moçambicanos desconfiados de estarem filiados a FRELIMO eram torturados até revelarem. Caso revelassem ou não, estes eram ali abandonados ainda vivos amarrados em sacos, morrendo, posteriormente. Este acto era feito no período noturno até que um dia um grupo de marinheiros viu do alto mar um candeeiro aceso na crosta terrestre. Curiosos, os marinheiros aproximaram-se e descobriram que tratava-se de um buraco onde continham centenas de mortos.

Buraco dos assassinatos_Tofinho_Inhambane
Após a independência de Moçambique, os ossos dos moçambicanos mortos naquele buraco foram guardados num lugar que hoje se chama vitrina das ossadas. Infelizmente, nos dias que correm, os ossos já não se encontram na vitrina. De acordo com populares, estes ossos foram roubados por um grupo de curandeiros para fins até hoje desconhecidos.

Um outro lugar de referência em Inhambane é a casa onde foi aprovada a primeira constituição da então República Popular de Moçambique. Este lugar foi alertado em meados de 2012 pelo ex-presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, a necessidade de preservação e valorização. Porém, a sua localização choca um pouco com o respeito e veneração de que se devia ter, pois, pelos lados deste edifício existem barracas de bebedeira, tornando-o quase “insignificante” aos olhos de quem passa por ali.


Se hoje, o olho do cérebro teve a oportunidade de conhecer estes lugares é porque houve conservação. Então conservação deve ser a palavra de ordem para os nossos patrimónios históricos para que hoje, amanhã e depois de amanhã os moçambicanos conheçam marcas físicas da sua história, evitando por isso ficar na abstração daquilo que os livros nos ensinam. Nada é mais emocionante que viver a história em contacto com o lugar do acontecimento.

domingo, 5 de julho de 2015

AS DIFERENÇAS FAZEM O MUNDO MELHOR

Um dos fatores, que eu acho o mais importante, dos conflitos no mundo está na limitação do homem em saber conviver com as diferenças, isto é, aceitar as vivencias, costumes, hábitos, etc de outros povos. Existe, em minha opinião, uma tendência de os homens quererem unificar os seus ethos a nível global. Muitos que assim procedem são os ditos possuidores de instrumentos de produção, ou seja, os abastados ou mesmo ricos.  

Esquecem-se eles que, os seus ethos, na medida em que procura universalizar-se encontra resistências em territórios diferentes da sua origem.  Sendo assim, eles forçam-nos de forma maquiavélica a aceitar de que aquilo que pensam é a verdade universal. E este esforço quando encontra um terreno difícil de penetrar, usam qualquer meio para atingir os seus fins, gerando conflito em toda a sua dimensão.

Porquê é as pessoas pensam que todos devem ser cristãos? Ou então Muçulmanos? Porquê queremos sempre puxar os outros a corroborarem com nossas ideologias pensando que somos os mais corretos? Que garantias temos da nossa exatidão? Porquê certas raças pensam ser espelho das outras? Que graça teria o mundo se todos vestíssemos, falássemos e pensássemos iguais?... Sobre este assunto as perguntas são infindas.

Dois exemplos que podem elucidar esta problemática são seguintes:

1-    Imaginemos uma sala de aulas onde os estudantes na sua maioria vêm de diferentes regiões de uma nação. Nela existem dois de região A, quatro de região B e nove de Região C. O mais provável é que estes não se vão misturar. Criarão grupinhos através da semelhança de língua, costumes, etc. Isto ilustra a nossa incapacidade de convivermos com os diferentes.

2-   As religiões estão sempre em embates frenéticos frequentes porque todos querem puxar a galinha para a sua brasa. Se eu sou cristão penso que a minha religião é a melhor, levando-me a ir convencer um muçulmano a tornar-se cristão. Vice-versa. Em que medida uma determinada religião deve ser considerada universal?


Comecemos a aceitar os outros como são. Aprendamos a conviver com as diferenças. Chega de criar grupinhos. Chega também de pensar que somos os mais certos que os outros. Lembre-se que o mundo tem mais de 3000 anos, e nele já passaram centenas de gerações. Finalmente proponho uma sabedoria assente na aceitação das diferenças para que o mundo seja, de facto, um lugar livre de intrigas e conflitos, livre de preconceitos, livre de injustiças, um lugar agradável de se viver. 

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