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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ISSO AJUDA A EXPLICAR?


Dizem que em relações internacionais não há relações de amizade, isto sim, relações de interesse. Vejam o galardão dos Estados Unidos em apoios ao Desenvolvimento de Moçambique. Como sair dessa? Como disse Ladslau, A hipertrofia terciária é mesmo um mal para os países subdesenvolvidos

sábado, 13 de fevereiro de 2016

MOÇAMBIQUE: CONFLITO POLITICO-MILITAR OU GUERRA?

Às vezes é preciso ser preciso e dizer-se de frente que em Moçambique as coisas não estão indo muito bem. Sem querer esgotar o tema, passo em revista alguns traços que demonstram de que Moçambique e os Moçambicanos não estão em PAZ.

1.    Mortes em combates Armados em Moçambique

Os nossos Medias locais, na sua maioria, não tem sido muito felizes quando relatam o que tem acontecido nos combates entre a Renamo e o Governo (Frelimo – na linguagem do povão), ora perpetrados pelo primeiro (?), ora pelo segundo (?). Dito de outra maneira, Os jornais e as televisões independentes estão proibidos de reportar essas mortes. As televisões STV, Miramar, TIM e os jornais @Verdade, SAVANA, Zambeze e outros já não informam sobre estes “abates”.

Relatos de testemunhas oculares garantem-nos que neles há mortes e mais mortes. Conhecemos histórias de mães que não conseguem manter contactos com seus filhos militares há anos e desconhecem as causas. Provavelmente estejam mortos e as autoridades não tenham humildade suficiente de lhas dizer. São jovens que são usados como escudos para proteger aos BARRÕES de modo que continuem a roubar aos seus patrões bem como a cometerem muitas irregularidades. Em fim, os jovens Morrem e ELES continuam avante com o Colonialismo Doméstico na maneira mais crua.

Lembremo-nos dos confrontos ocorridos em 24 de Julho de 2015 na Província de Tete, posto administrativo de Zobué, no distrito de Moatize. Este ataque foi um dos marcos que levou alguns Moçambicanos a refugiarem-se em Malawi.

Momentos sucedidos a esse episódio ouvimos vozes governamentais a dizerem que o saldo daquele extermínio era de um morto e um ferido, o que veio a ser contrariado mais tarde por Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO ao dizer que dos confrontos resultaram 45 mortos do lado das forças de defesa e segurança e nenhum dos seus. Não sabemos quem está mentir, mas certificamo-nos que houve morte(s).

Temos também assistido tentativas de assassinato a mão armada aos jornalistas considerados ameaça ao sistema bem como aos políticos. O caso de que se tem memória é do baleamento, que se pretendia mortal, do Secretario Geral da Renamo, Manuel Bissopo ocorrido no dia 20 de Janeiro de 2016.

2.  Fluxo de Refugiados


Confrontos entre homens armados da Renamo e forças governamentais leais ao partido no poder em Moçambique, a Frelimo, em Tete e Sofala já levaram mais de três mil pessoas a fugir para país vizinho, ultrapassando a capacidade dos centros de acolhimento.

Este fluxo migratório coloca um obstáculo nos recursos do Malawi numa altura em que uma das piores secas de sempre promete deixar 2,8 milhões com fome.

Quando isso aconteceu tentaram, como sempre, ludibriar o povo Moçambicano. Mas os órgãos de informação Malawianos colocaram os factos pretos no branco. Em Moçambique chamavam-lhes de “turistas”. Porque há fluxo de refugiados? Isso também é guerra.

Recentemente é que o Governo reconheceu a existência de refugiados em Malawi e  enviou uma delegação para avaliar as necessidades dos refugiados moçambicanos.
Nestas últimas duas semanas, há notícias de que os homens da RENAMO tem protagonizado ataques a viaturas civis em Muxúnguè e Maringué, centro de Moçambique causando feridos entre ligeiros e graves.




3. Agravamento da Fome

43% Das crianças de 0-5 anos sofrem de desnutrição crónica, representando quase nenhum progresso desde 2008. É a conclusão do último relatório do UNICEF sobre a situação da Criança em Moçambique. Daqui há 10 anos, como estarão e quem serão estas crianças?

Por consciência, em Fevereiro de 2008 e Setembro de 2010, as cidades de Maputo e Matola foram palco de protestos violentos contra a subida do custo de vida, protagonizados por grupos de populares. Tais protestos foram logo depois replicados em algumas outras cidades do país, mas numa dimensão bem mais restrita e rapidamente controlados pelas forças policiais.

Todo o cidadão moçambicano atento, sabe a forma anárquica de como estava a ser conduzido o nosso país naquela altura e os resultados daquelas ações até hoje nós ressentimos. São eles os magnatas da nossa economia, são eles donos de grandes projetos. Dado que o poder (de decidir, de matar, de “n”) está sempre onde há mais dinheiro, replicamos a mesma logica: Matando e roubando mais o POVO e estes por sua vez cada vez mais POBRE e sem acesso a bens básicos. Isso também é guerra.

 4.  Recessão económica;
Aqui vale a pena destacar alguns dos problemas graves de que se ressente a nossa economia: (1) Depreciação do metical, (2) Descida das exportações, (3) Aumento da dívida pública, (4) Redução do investimento estrangeiro e ajuda externa e ainda (5) desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto.

Como resultado: Muitas empresas estão também em crise financeira; Atraso no pagamento de Salários; Elevação do custo de vida; Migração interna; Desemprego; etc.

5.  Contrainformação - G40

Uma Contrainformação é a ação, estratégia ou conjunto de recursos que visam neutralizar os serviços de informação do campo inimigo para impedir ou dificultar seu acesso a informação verdadeira, mediante, sobretudo, a divulgação de informações falsas[1].

Uma corrente parecida foi criada em Moçambique. O jornal Canal de Moçambique (CANALMOZ) apelidou-lhes de G40, um grupo formado por indivíduos que vinham ao público através da televisão pública, numa primeira fase, discutir ideias ou transmitir informações coloridas demais para um povo que vive a preto e branco, otimistas demais para um povo “facilmente” manipulável. Praticamente, o que eles faziam era transmitir IDEOLOGIAS de uma ala com objectivos claros:

1.     Criar Amnésia a memoria dos Moçambicanos
2.    Produzir uma consciência comum e de consenso com seus ideais;
3.    Mostrar o vilão dos acontecimentos, que sempre são os outros, etc.

Um facto curioso é que a Historia mostra-nos que os Agentes de Contrainformação apenas surgem quando um país está instável ou mesmo em guerra. O seu maior objectivo é continuar a dar legitimidade de um certo grupo no poder. Para tal, eles criam teorias conspiratórias contra os que consideram INIMIGOS.
Vejamos algumas teorias de conspiração que ocorreram durante a Guerra Fria:

1.     Assassinato de Kennedy pelo escritor Mark Lane;
2. Tentativas de desacreditar Martin Luther King, Jr. através de publicações que o retratavam como um "Uncle Tom"; etc.

Dentro do nosso país, para não citar as contrainformações recentes, poço referenciar-vos a;

1.     A Falsa Confissão de Urias Simango, como tendo vendido o país, etc.
No pretérito, acompanhamos em Moçambique Mortes de académicos, jornalistas e políticos. O que nos contaram os governantes até hoje? Quando Samora Machel Morreu, o que nos contaram os governantes? São várias as conspirações sobre estes factos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

ELES QUEREM QUE NÃO SAIBAS QUE ESTAMOS EM GUERRA

Guerra é um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados[1] utilizando-se de armas para tentar derrotar o adversário.

Um cenário como este tem-se verificado em Moçambique há, aproximadamente, 6 anos. É um conflito assente sobre os interesses políticos, mas que depois desagua em económicos. Na época Guebuziana foram centenas de rondas em conversações entre o Governo e a Renamo para dar fim aos desentendimentos mas sem sucessos. Com o novo presidente, Nyusi, tivemos as nossas luzes verdes acesas, quando este afirmou, aquando do empossamento fazer de tudo para garantir paz e segurança aos Moçambicanos pela abertura que pretendia demonstrar nos dias posteriores. Um ano depois da sua governação, estas luzes tornam-se cada vez mais ofuscadas. Os patrões de Nyusi vivem desesperados com o amanhã. Um dia dormimos bem, Outro acordamos com notícias sangrentas dando conta que, em combates armados, morreram “X” moçambicanos. Uma total incerteza.

Nesta paisagem turbulenta há um discurso que se pretende seja universal de que o que está aqui a acontecer é um Conflito político-militar. Aos ouvidos de um leigo esta frase soa linda (risos…) mas, observando através de uma lupa, percebemos logo tratar-se de uma GUERRA, mas uma guerra geo-localizada que, pode, se não haver acordos entre ELES (Governo e a Renamo), nacionalizar-se. 

Confira abaixo alguns sinais que provam de que moçambique está em Guerra;

1.  Mortes em combates Armados;

2. Fluxo de Refugiados (Veja-se que já temos milhares em Malawi);

3.  Agravamento da Fome (Subiu para 43% o numero de crianças em Moçambique que sofrem de desnutrição crónica -UNICEF);

4.  Recessão económica;

5.  Contrainformação, os considerados G40.


Agora digam vocês, porque amenizar o termo GUERRA para CONFLITO POLITICO-MILITAR? Sejam práticos nos vossos diálogos, por favor, não queremos guerra neste País... Permitam que a nossa geração Viva em Paz... POR FAVOR.
Na próxima publicação irei detalhar cada um daqueles pontos que levantei acima. Elabo Mutchapawe




[1] FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 876.

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