No século passado, o
homem inventou a internet impulsionando a um patamar elevado o fenómeno de
globalização que começou ha centenas de anos quando ele domesticou o cavalo e
inventou a roda, mais tarde o automóvel, o avião, etc. Conhecendo, por isso, os
mais dilatados espaços terrestres.
Entretanto, no mundo real
mudou tudo. Era grande é agora pequeno. Era desconhecido, é devassado. Era fraccionado,
intercomunica, quando não se funde. As fronteiras abatem-se. As cancelas
franqueiam-se. As migrações sucedem-se. Os Antípodas avizinham-se. As
informações massificam-se. As culturas interpenetram-se. As cidadanias
sobrepõem-se. Os fluxos turísticos espairam-se. Os consumos repetem-se. Os
hábitos mimetizam-se. Os espectáculos difundem-se. As línguas divulgam-se. As
televisões imitam-se. As identidades retraem-se. As trocas libertam-se. Os
mercados integram-se. Os valores apagam-se. As personalidades copiam-se. As diferenças
nivelam-se.
Estas mudanças apelam à
uma unicidade de tudo aquilo que outrora estava disperso. Propiciando assim,
uma inteligência colectiva e uma cultura participativa no grau superlativo
absoluto sintético. Os tempos são outros, convém a reestruturação das nossas
sociedades. Será que o conceito de “isto é meu e de mais ninguém” vale a
pena hoje?
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